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Vista do Mont-Saint-Michel (Foto: Ivete Selbach) |
Partimos para conhecer o Mont-Saint-Michel. No caminho, vimos apenas de longe Caen, a Capital da Baixa Normandia. Saint-Michel fica na ilha de Mont-Tombe (Túmulo da Colina), que fica na foz do Rio Couesnon. Nele, está a famosa abadia fortificada. Localiza-se no Département de La Manche, entre a Normandia e a Bretanha. Sua construção se desenvolveu por vários momentos históricos. Serviu como mosteiro beneditino, e até mesmo como prisão política durante a Revolução Francesa.
O Mont-Saint-Michel é belíssimo e imenso. Dizem que simboliza o conhecimento do homem diante da natureza. Imagino-o submerso pela maré-enchente, que às 20 horas inevitavelmente o cerca, todo iluminado à noite, quase irreal. O complexo é composto por muralhas, torres, a Capela de Saint-Aubert, a Igreja de Saint-Pierre, a abadia e a grande rua em subida, cheia de lojas e restaurantes.
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Caminhando pela Grande Rua (Foto: Ivete Selbach) |
Hora do lanche. Pedi croque-monsieur e cidra normanda... A cidra normanda, pelo menos aquela, não me agradou tanto quanto a da Bretanha. Outro detalhe: é servida numa espécie de caneca de porcelana, que parece ser feita de pedra. Não é servida em copo de vidro. Depois, veio uma guia local, para mostrar lugares, como a Abadia, e contar as histórias tão compridas quanto as escadarias de Saint-Michel. Subi até certo ponto os intermináveis degraus, todos irregulares e estreitos, ainda molhados pela chuva recente. Então, resolvi voltar para dar uma espiada nas lojas. Depois, voltei ao ônibus. Lá estavam o motorista e o mestre Roche, que já conhecia por demais o local.
Pela janela do ônibus, fiquei imaginando quantas vidas, ou pelo menos quantos desafortunados acidentados devem ter perdido a vida ou a saúde construindo aquilo tudo. Num lugar tão íngreme, tão difícil quanto a teimosia do Homem... Como obtiveram os recursos materiais? Perguntei ao Professor Roche o que achava desta minha indagação. Disse-me primeiramente que as construções antigas como esta são quase que um mistério determinar como foram feitas. O homem daquela época era bem mais forte e destemido que o atual. Referiu que muitos dos operários eram prisioneiros, e que tinha dúvida sobre a missão divina passada por São Miguel ao seu fundador.
Depois de horas nestas divagações, entre gaivotas e a maré subindo, o grupo se reuniu e seguimos viagem até Saint-Malo na Bretanha. Deixávamos a Normandia (ma Normandie) para trás. Em tempo, observamos de longe a cidade de Avranches.
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