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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Hungria - Budapeste


A magnífica cidade de Budapeste às margens do Rio Danúbio

Localizada às margens do rio Danúbio, é a cidade mais importante da Hungria e uma das maiores e mais turísticas da Europa. Budapeste nasceu da unificação de três cidades no ano de 1873: Buda e Ôbuda (Velha Buda, atualmente um subúrbio), na margem direita do Danúbio, e Peste, na margem esquerda. Buda era a capital do Reino da Hungria desde o Século XIII, fundado pelos magiares, os ancestrais dos húngaros. Depois, houve a ocupação pelos turcos durante quase 150 anos, sendo reconquistada pelos Habsburgos, a poderosa família da Áustria. Esta aliança com os austríacos, com o passar do tempo, gerou conflitos, superados de certa forma através da criação do Império Austro-Húngaro, que concedeu certa autonomia política à Hungria, até ser dissolvido em 1918. Budapeste teve um grande papel nas revoluções de orientação socialista que se seguiram. Durante a Segunda Guerra, a cidade foi parcialmente destruída, já que apoiava a Alemanha, mas conseguiu se recuperar com o passar dos anos.

A visita a Budapeste abrangeu as suas principais atrações, que serão apresentadas na clássica divisão de Buda e Peste, estas separadas pelo Rio Danúbio. Mas antes, vamos falar sobre a famosa ponte que atravessa este rio.


A Ponte das Correntes tendo os leões como guardiões

A Ponte das Correntes, uma ponte pênsil construída em 1849, atravessa o Rio Danúbio e liga Buda de Peste. Entre uma e outra ponta temos: a Praça Roosevelt, com o Palácio Gresham e a Academia de Ciências da Hungria; do outro lado, a Praça Adam Clark, onde estão a Pedra do Quilômetro Zero e o final do funicular do Castelo de Buda. A ponte é magnífica, principalmente à noite! Um cartão postal inesquecível! Detalhe sobre as estátuas de leões: são os guardiões da ponte... 


PESTE

O bairro de Peste representa a parte moderna da cidade. Nele figura o prédio do Parlamento de Budapeste, junto ao Danúbio, que, de certa forma, lembra o famoso Parlamento de Londres. O seu interior é decorado com mármore e ouro. Aliás, nele foram empregados 40 kg deste precioso metal...

 
O belíssimo prédio do Parlamento às margens do Danúbio, o mais alto de Budapeste

A Basílica de Santo Estevão projeta-se no skyline de Budapeste (dir.), sendo o segundo prédio mais alto de Budapeste

A Basílica de Santo Estevão tem como patrono o rei santo de mesmo nome - Estevão I -, o primeiro rei da Hungria, podendo abrigar 8.500 pessoas. Foi construída no estilo neoclássico entre os anos de 1851 e 1905. A fachada possui duas torres, sendo que, na da direita, encontra-se o maior e mais pesado sino da Hungria, este com 9 toneladas. Na capela que fica atrás do santuário, encontra-se a relíquia do santo mumificado.


A Basílica de Santo Estevão no bairro de Lipótváros, no centro de Budapeste

A preferência por águas termais é uma influência vinda dos turcos, que dominaram a Hungria por mais de um século. O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é um dos maiores da Europa, sendo o primeiro balneário terapêutico de Pest, construído no estilo renascentista entre os anos de 1909 e 1913. A água termal deste balneário, com incríveis indicações terapêuticas, vem do segundo poço mais profundo de Budapeste, com 1.246 metros e 76º C de temperatura, porém as piscinas apresentam temperaturas bem mais agradáveis. O balneário oferece inúmeros serviços, que estão incluídos no preço da entrada, além de outros tratamentos, mas com preços sob consulta. 


O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é o primeiro balneário terapêutico de Pest

Dentre os parques municipais, há o chamado City Park, que possui uma área de 1,2 km² e está localizado no XIVº Distrito de Budapeste, cuja área principal coincide com a famosa Praça dos Heróis. 

 
Vista do Lago do City Park

A Praça dos Heróis é uma das mais emblemáticas de Budapeste. No centro da praça vemos o Memorial do Milênio, com as estátuas dos sete líderes magiares, que fundaram a Hungria no Século IX. No alto da coluna central com 36 m de altura, está o Arcanjo Gabriel. Nas fileiras de colunas, ou colunata, contornando a praça, encontram-se as estátuas de personagens históricos húngaros.


A Praça dos Heróis reúne os principais personagens que conduziram a história da Hungria

Detalhe da Colunata do lado direito

Detalhe da Colunata do lado esquerdo

Coluna central com os sete líderes magiares e, no alto, São Gabriel

Um lindo cenário para uma foto de recordação de viagem

O Palácio das Artes ou Műcsarnok Kunsthalle é um museu de arte contemporânea situado na Praça dos Heróis. No estilo neoclássico, foi concluído em 1896 e renovado em 1995. Apresenta exposições temporárias de arte contemporânea.


Detalhe do prédio neoclássico do Palácio das Artes

O Museu de Belas Artes situa-se na Praça dos Heróis, em frente ao Palácio das Artes. No estilo eclético neoclássico, foi construído entre 1900 e 1906. A coleção do museu abrange todos os períodos da arte internacional, além da húngara. No momento, encontra-se em reformas.


O Museu de Belas Artes na Praça dos Heróis

Próxima à Praça dos Herois, encontramos esta estranha ampulheta, que agrada a uns e a outros nem tanto. Ela fez a contagem regressiva para o ingresso da Hungria na Comunidade Europeia. A areia leva um ano para escorrer totalmente, completando o ciclo à meia-noite do dia 31 de dezembro. Segundo a nossa guia de Budapeste, ela estaria à venda. Quem se habilita? 


A controvertida Ampulheta segue contando os seus incertos dias...

O Museu de Artes Aplicadas é o terceiro mais antigo do gênero no mundo. Construído entre os anos de 1893 e 1896, este belo palácio no estilo Art Nouveau abriga uma coleção de trabalhos em vidro, metal, têxteis e móveis, além de uma biblioteca. O interior recebeu projetos islâmicos, hindus e mogul (uma mistura de arquitetura islâmica, persa, turca e indiana; como exemplo do mogul temos o Taj Mahal...). Arte Aplicada é um tipo de arte utilizada para produzir objetos do quotidiano, ou seja, a arte não tem apenas uma finalidade estética.


Descobrimos este exótico museu passeando por Budapeste

A grande Praça Kálvin Tér ou Praça Calvinista situada em Peste é o ponto central do bairro da Universidade de Budapeste. Na foto vemos a Igreja Calvinista construída em 1830, que derivou o nome da praça.


Vista parcial da Praça Kálvin Tér, tendo ao fundo a Igreja Calvinista

Seguimos em direção ao Mercado Central. 


O Prédio do Mercado Central de Budapeste foi construído no final do Século XIX, sendo atingido pelos bombardeios da 2ª Guerra, mas foi reconstruído ao longo de três anos

No térreo, músicos dão as boas-vindas aos visitantes!

Vista interna do movimentado Mercado Central

No Mercado podemos encontrar uma grande variedade de artigos artesanais

Há uma infinidade de itens culinários para se escolher. Destaque para as pápricas, o foie gras húngaro, os salames e os queijos nativos

Não podemos nos esquecer de degustar o famoso vinho Tokaj, de aroma frutado e com toque de mel, da região vinícola de mesmo nome. Com paladar adocicado, combina bem com foie gras, queijos e sobremesas à base de creme e frutas

Almoço no Restaurante Paprika, situado na Ráday utca 16. O toldo vermelho da área externa acabou refletindo uma ‘cor de páprica’ nas toalhas, nos pratos e tudo o mais... Acima, filé de salmão, tagliatelle com tomates secos e espinafre; abaixo, temos medalhão de porco à parmiggiana, com salada fresca e purê de batatas

BUDA


Atravessando o Danúbio em direção ao bairro de Buda

O bairro de Buda é o mais antigo e o de maior significado histórico. A atração mais importante é o Castelo de Buda, representado pelo castelo histórico e o Palácio Real dos reis húngaros, erigido a 170 m de altura, com sua imensa cúpula esverdeada. Este castelo foi destruído na guerra de libertação contra os turcos, mas foi reconstruído pelos Habsburgo da Casa Real da Áustria. O palácio atualmente abriga a Galeria Nacional Húngara, o Museu de História de Budapeste e a Biblioteca Nacional. Pode-se chegar até lá utilizando os funiculares, com suas cabines do ano de 1870, nas cores amarela e bordô. É, sem dúvida, uma opção muito charmosa de desfrutar da bela visão de Budapeste e do Danúbio.


Uma mágica visão noturna do Castelo de Buda e da Igreja de São Mathias (atrás) – Fonte: Wikipedia – Foto: hpgruesen

Neste bairro, encontramos o Bastião dos Pescadores, um grande terraço nos estilos neogótico e neorromânico, na colina do Castelo de Buda. Há sete torres, que simbolizam as sete tribos magiares, que chegaram à Hungria no Século 9º. O castelo era protegido por pescadores na Idade Média, por isso, o nome bastião, o baluarte, a defesa... Neste terraço há inúmeras escadas e passarelas. Nos arredores, vemos a Igreja de São Mathias, cujo nome oficial é Igreja de Nossa Senhora, porque a Virgem Maria é a padroeira da Hungria. Esta igreja foi sede de coroações e casamentos reais. Foi construída entre os Séculos XIII e XV.


Imagens da Igreja de São Mathias e do Bastião dos Pescadores, para finalizar esta postagem


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Hungria - Györ


A Praça Széchenyi no Centro Histórico de Györ

Györ é a capital do condado de Györ-Moson-Sopron, situado no noroeste da Hungria, sendo esta a sexta maior cidade do país. Era habitada pelos celtas oriundos da tribo dos arabiates, desde o Século V a. C. Mais tarde, vieram os romanos que fizeram dela um posto militar, depois deles chegaram os magiares, o povo ancestral dos húngaros, que lhes proporcionou um tempo de paz e progresso, até que foram invadidos pelos turcos, seguindo-se a aliança com os austríacos para expulsá-los. A cidade sofreu severos danos durante a Segunda Guerra Mundial e, somente depois de algumas décadas, conseguiu se reerguer e prosperar.


A Ponte Kossuth sobre Rio Mosoni-Duna, logo após o estuário do Rio Rába

A cidade situa-se na confluência dos rios Rabca, Mosoni-Duna e o Arabo ou Rába, afluente do Danúbio. O rio Arabo, condiz com o nome latino da cidade, que antes na língua celta era Ara Bona, ou Bom Altar, que depois se latinizou como Arrabona. Györ, além de ser um dos mais importantes centros administrativos e culturais do país, se destaca por ser uma cidade universitária e turística. A caminho de Budapest, paramos para visitar esta encantadora cidade, tentando buscar algum vislumbre de como seriam os centros urbanos deste país, que até então eram desconhecidos para nós. 


Depois de descermos junto à ponte, atravessamos a Praça Dunakapu, em direção ao Centro Histórico

Monumento da Arca da Aliança, na Praça Gutenberg

Este belo barco dourado encontra-se na fachada do prédio de uma antiga farmácia de Györ

A Praça Széchenyi, no Centro Histórico, é sempre o melhor ponto de reconhecimento da cidade, com seus cafés, restaurantes e pequenas lojas, além de prédios importantes. 


Na Praça Széchenyi encontra-se a Igreja Beneditina de Santo Ignácio de Loyola, construída no Século XVII no estilo barroco, situada entre o prédio do mosteiro beneditino e o da escola primária

A Coluna de Maria em frente à Igreja de Santo Ignácio

Este prédio barroco do Século XVIII abriga o Museu János-Xántus, que apresenta a história de Györ desde a antiguidade até os dias atuais, além de importantes coleções sobre a história médica e as artes plásticas aplicadas. O nome do museu homenageia um pesquisador da natureza e etnografia de Györ

Estátua de um pescador numa das ruas do Centro Histórico

Ao fundo, vê-se a Igreja das Carmelitas, cuja ordem se estabeleceu em Györ no ano de 1697. O prédio foi construída no estilo barroco por um irmão leigo, Atanásio Wittwer, entre os anos de 1721 e 1725

O núcleo antigo da cidade está situado na colina Káptalan, onde se destacam a Basílica e o Castelo do Bispo (não se permitem visitas). Além destes prédios, destaca-se o da Prefeitura, com sua torre de 58 metros de altura.


A Prefeitura de Györ é uma das grandes atrações da cidade, aparentando ser um prédio antigo, pelos detalhes arquitetônicos e dimensões, mas este foi construído no ano de 1898

A escultura ou monumento que mais chama a atenção em Györ é uma lente de aço inoxidável de quatro metros de diâmetro, que reflete a Praça Dunakapu, o rio, a colina Káptalan e o centro da cidade. A idéia veio do escultor Zoltán Pál Munkácsy e se chama Pulzus ou Pulsos. A lente pode ser girada pelo público, possuindo um sistema de segurança.


A lente Pulsus representa o elo entre o tradicional e o moderno em Györ. As palavras, em texto ilegível, (na base) só podem ser lidas através da lente, e aponta os nomes históricos da cidade e os dos rios que abraçam a metrópole

Floricultura em Györ

Almoçando na área externa do Restaurante Pálff Ytália: frango e uma deliciosa salada

Massa com frutos do mar

Infelizmente, apenas a distribuidora da bebida é húngara. Segundo pesquisas, não se fabrica cidra na Hungria. Parece-me que o que falta é uma legislação comercial específica para a sua fabricação

Para concluir as lembranças da simpática Györ, uma atividade artesanal que distingue esta cidade:


Loja da tradicional indústria de tecidos Éhling da cidade de Györ, que desenvolve, a partir de ferramentas e técnicas tradicionais, a técnica da pintura de tecidos na cor azul-anil desde o ano de 1906


Vídeo:





quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Hungria




Localizada na Europa Central, a Hungria é uma República Parlamentarista, fazendo parte dos países membros da União Europeia. É um destino turístico muito apreciado por viajantes de todo o mundo, oferecendo belas paisagens naturais e, sobretudo, pelo considerável número de fontes de águas termais benéficas à saúde. A história deste país retrocede ao ano 100 d. C., com a fundação da cidade de Aquincum, próxima à Budapeste, pelos romanos, os quais governaram a região durante três séculos. Depois de um longo período de ocupações de outros povos, vieram os magiares, um grupo étnico vindo da Ásia Central, que chegou à região no Século IX, dos quais descendem os atuais húngaros. Ao final deste século, a Hungria foi fundada pelo Príncipe Árpád. No ano 1000, o seu bisneto, Estevão, transformou o país num reino cristão.


Cavaleiros Húngaro-Magiares – Fonte: Internet

Mais tarde, a Hungria passou pela ocupação otomana, depois esteve sob o domínio austro-húngaro, chegando a fazer parte do Império Austro-Húngaro, que existiu até a Primeira Guerra Mundial. Ao apoiar a Alemanha na Segunda Guerra, as cidades húngaras sofreram sérios danos. Como se isto não bastasse, o país acabou sendo ocupado pela União Soviética, cujo regime socialista manteve-se até 1989, quando, por meio de eleições livres, o país conquistou finalmente a democracia. A Hungria encanta a todos pela beleza de sua cultura, centrada nos antigos costumes, nas tradições da dança, da música e da culinária.



terça-feira, 10 de outubro de 2017

Polônia




Localizada na Europa Central, a Polônia é o 9º maior país da Europa em extensão territorial, com cerca de 39 milhões de habitantes. Divide-se administrativamente em 16 províncias ou Voivodias. A origem de sua histórica remonta ao Século X, quando tribos eslavas, que viviam na região de Gniezno, se uniram sob o comando da dinastia Piast, sendo convertida em 966 ao cristianismo por Mieszko I. Depois do término desta dinastia, assumiu o poder príncipe lituano Jagellon, o que resultou numa associação política com a Lituânia durante os séculos seguintes, até que esta última dinastia chegou ao fim.


Mais tarde, houve um grande período de paz, durante o qual a Polônia foi governada por reis eleitos pela própria nobreza. Após o Século XVII, aconteceram as guerras contra a Suécia, a Rússia e o Império Otomano. Durante o período de 1772 a 1918, a Polônia foi dividida entre a Rússia, a Prússia e a Áustria, até recuperar a sua independência. Mas o futuro ainda lhes reservaria, a partir de 1939, a temível invasão alemã e, depois, a soviética, até que, nos Anos 1980, com a liderança de Lech Walesa, o país conquistou a sua autonomia e consolidou-se como República. 



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Polônia - Varsóvia



A Sereia é o símbolo da cidade de Varsóvia

Varsóvia é a capital e a maior cidade da Polônia, tendo sucedido a Cracóvia no ano de 1595, antiga sede do governo polonês. Suas origens remontam à Idade Média, quando era uma pequena vila de pescadores chamada Warszowa, denominação esta que, segundo a lenda, provém dos nomes de um pescador chamado Wars e da esposa, uma sereia, chamada Sawa. Nesta vila, o Duque Boleslaw II construiu o seu castelo, às margens do Rio Vístula. Ao final do Século XIV, foi erigida ao seu redor uma muralha defensiva, a qual, pelo menos em parte, ainda pode ser observada contornando os limites da Cidade Velha. Ao final da Segunda Guerra Mundial, Varsóvia contabilizou 80% de seus prédios destruídos, sendo estes reconstruídos com esforço e esmero a partir da época do domínio comunista. 


Ao fundo (esq.), vê-se uma parte das muralhas que delimitavam a Cidade Velha de Varsóvia

Ao sul da Praça do Mercado, encontram-se a Torre Barbacã ou Barbakan Warszawski e as ruínas do forte medieval, com forma semicircular, que separam a Cidade Velha da Cidade Nova. Barbacã é um termo militar designando um muro mais baixo, que é construído à frente das muralhas, com a finalidade de protegê-las da artilharia do inimigo.

Percorremos a Rota Real, uma longa rua que liga o Castelo Real de Varsóvia, ao sul da cidade, passando pelo Palácio Real. Ao longo da mesma, encontramos várias atrações de grande importância cultural e histórica, além de lojas e restaurantes. 


A Praça do Mercado na Cidade Velha

Chegamos à Praça do Mercado da Cidade Velha, ou Rynek Starego Miasta, o ponto central da área antiga de Varsóvia, cujos prédios foram destruídos na Segunda Guerra e restaurados na década de 1950, a partir de pinturas e documentos, com a mesma aparência que tinham entre os Séculos XVII a XVIII, porém esta praça já existia desde a criação de Varsóvia no Século XIII. 


Percorrendo o Centro Histórico de Varsóvia

Ao fundo, vê-se a torre da Igreja de São Martinho

O Castelo Real de Varsóvia foi construído no Século XIV, sendo ampliado em séculos posteriores. Foi residência oficial dos reis poloneses e sede do Parlamento. Sofreu danos durante as guerras contra a Suécia, posteriormente foi usado como residência do Czar Pedro I da Rússia e, na Segunda Guerra, foi bombardeado pelas tropas nazistas. Situa-se na Praça do Castelo, na Cidade Velha, e é o ponto de partida da Rota Real.  O castelo é um dos ícones de Varsóvia, o qual foi transformado em museu.


No passado, o Castelo Real foi a residência dos monarcas poloneses

Na frente do Castelo Real podemos encontrar um personagem popular chamado Wojciech Wario, vestido de vermelho, ostentando uma espada curva

Na praça, na frente da fachada do castelo, ergue-se a Coluna de Sigismundo, o rei que transferiu a capital da Polônia de Cracóvia para Varsóvia. Ela foi erguida entre os anos de 1643 a 1644. Durante a Revolta de Varsóvia, a coluna foi demolida pelos alemães, causando danos sérios à estátua, porém ela e a coluna foram restauradas em 1949, mas num local um pouco diferente do original.


A Coluna do Rei Sigismundo foi construída no Século XVII

A torre do sino da Igreja de Santa Ana (Taras Widokowy) é um local onde podemos obter uma vista panorâmica de Varsóvia e até mesmo de outras cidades menores

Na Cidade Antiga, encontra-se a estátua da Sereia, o símbolo da cidade de Varsóvia. Segundo a lenda, o pescador Wars apaixonou-se por uma sereia, chamada Sawa, que havia caído em sua rede. Eles se casaram e, depois, ela ganhou a forma humana

Ao fundo, o Estádio Narodowy

O Museu do Âmbar no Centro Histórico de Varsóvia, com imagens de uma das vitrines da loja do museu e um dos painéis que estava em frente à fachada, explicando a formação do âmbar. A Polônia fazia parte da antiga Rota do Âmbar

Seguindo o roteiro, chegamos até a Catedral de São João Batista, que exibe desde o pós-guerra uma alta fachada de tijolos, que pode causar certa estranheza ao visitante mais desavisado. Originalmente, a igreja foi construída no Século XIV. Neste templo, os monarcas foram coroados, como o último rei da Polônia, assim como foi local da realização de sepultamentos de nobres durante séculos. 


A Catedral de São João Batista

A catedral, ao longo dos tempos, passou por várias reformas, tendo no Século XIX assumido o estilo neogótico. Entretanto, a igreja não foi poupada pelos alemães durante o Levante de Varsóvia, motivo pelo qual ela foi reconstruída na arquitetura que hoje vemos, remetendo ao estilo gótico. 


Imagem do prédio da antiga Catedral e detalhes da atual fachada

O interior da Catedral de São João Batista

Túmulo do Conde Stanisław Małachowski, um importante político polonês, sepultado na Catedral de São João Batista

Ao lado da Catedral, menos popular para os turistas, encontra-se o belo edifício renascentista do Santuário de Nossa Senhora da Graça, construído entre os anos de 1609 e 1629, pelo Rei Sigismundo III. Durante a revolta de Varsóvia, a igreja foi totalmente queimada, mas foi reconstruída de acordo com o seu estilo anterior. No altar barroco, encontra-se um retrato milagroso, devido às graças obtidas através de Nossa Senhora da Graça.


Detalhe da fachada da Igreja de Nossa Senhora da Graça

O relógio era o tema principal desta foto abaixo. Tentando descobrir a origem deste belo exemplar, descobri a história da placa de pedra que, desde o ano de 1953, foi colocada na fachada da casa de moradias, onde está o relógio, na esquina da Rua Zapiecek com a Praça da Cidade Velha. O texto esculpido na placa, segundo dizem, é polêmico, tendo sido elaborado na época da reconstrução de Varsóvia, exprimindo por palavras a cultura nacional e as lutas revolucionárias do povo desta cidade. Alguns entendem que o texto deva ser mudado, outros acham que não. Para trocar a placa por outra, ela teria que ser destruída, porém, até o momento, tudo continua do mesmo jeito...


O relógio e a placa da Rua Zapiecek

Seguindo o percurso da Rota Real, passamos pelo Palácio Presidencial, que foi construído em 1643, mas remodelado várias vezes ao longo dos tempos. Nos primeiros anos de sua existência, foi propriedade particular das famílias de vários aristocratas. No ano de 1818, tornou-se sede do Vice-Rei do Reino da Polônia, durante a ocupação russa, conhecida também como Polônia Russa, pois estava unida com o Império Russo. Atualmente, é a residência do Presidente da República.


O Palácio Presidencial

A Universidade de Varsóvia foi fundada no ano de 1816. Diante de um dos prédios da mesma, encontramos a estátua de Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo e matemático polonês, que formulou a teoria de que o sol era o centro do sistema solar. 


Portões da Universidade de Varsóvia e a estátua de Nicolau Copérnico

O edifício mais alto de Varsóvia chama a nossa atenção: é o Palácio da Cultura e da Ciência, um prédio que não traz boas recordações aos poloneses, pois remete ao período de dominação pela União Soviética. O edifício foi um presente de Stalin, um apreciador de prédios com ostentação, que identifica o chamado estilo socialista-realista.


O Palácio da Cultura e da Ciência – Foto: Wikipedia

O Gueto de Varsóvia, o maior da Europa, representa o local da cidade de Varsóvia onde um terço de sua população, representada pelos cidadãos de origem judaica, foi encarcerada pelos nazistas. Nele, ocorreu um levante contra os alemães, com a duração de três meses, porém os judeus foram derrotados. Em memória a estes fatos, neste local foi construído o Memorial do Levante de Varsóvia, na Praça Krazinski, próximo ao Museu do Levante ou da Insurreição.


O Memorial do Levante, na Praça Krazinski, e o prédio de colunas da Suprema Corte

O Monumento aos Heróis do Gueto de Varsóvia, em frente ao Museu Histórico dos Judeus Poloneses

Fizemos uma visita ao Museu Histórico dos Judeus Poloneses, que está situado em frente ao memorial do Gueto de Varsóvia. Na sua concepção, não se trata de mais um museu do holocausto, mas um museu que retrata a presença milenar dos judeus na Polônia, a convivência judaico-polonesa antes do holocausto e a interligação entre as duas culturas ao longo dos séculos.


O Museu Histórico dos Judeus Poloneses em Varsóvia foi projetado pelo arquiteto finlandês Rainer Mahlamäki

Seguimos para o sul da cidade, rumo ao Parque Łazienki, o maior de Varsóvia, onde encontramos o monumento ao compositor polonês Frédéric Chopin (1810-1849). 


Entrada no Parque Łazienki, que é cercado por portões de ferro

Jardins do Parque Łazienki

No parque há uma estátua que representa Chopin compondo debaixo de uma árvore, a qual toma a forma da mão de um pianista. Neste local, costumam ser realizados concertos de piano. Outra bela atração do parque é o Palácio sobre as Águas, que abriga um museu de arquitetura. O seu reflexo sobre as águas do lago compõe um belo cenário.


A estátua de Chopin debaixo de uma árvore no formato de mão de um pianista

Depois da visita à cidade de Varsóvia dirigida pelo guia local, fomos às compras e ao almoço, quando pudemos saborear alguns pratos e bebidas típicas da Polônia, antes de irmos descansar no hotel. Almoçamos no Bistro Warszawa, no Centro Histórico de Varsóvia.


Os famosos Pierogi são pastéis de massa com recheios diversos que são cozidos em água fervente até flutuarem, podendo ser fritos ou assados na manteiga

Filé de porco com cogumelos e acompanhamentos, cujo nome em polonês é bem complicado...

Nem só de cerveja vive a Polônia! Mais uma cidra no meu passaporte: a polonesa Dobronski Cydr!