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A Sereia é o símbolo da cidade de Varsóvia |
Varsóvia
é a capital e a maior cidade da Polônia, tendo sucedido a Cracóvia no ano de
1595, antiga sede do governo polonês. Suas origens remontam à Idade Média,
quando era uma pequena vila de pescadores chamada Warszowa, denominação esta
que, segundo a lenda, provém dos nomes de um pescador chamado Wars e da esposa,
uma sereia, chamada Sawa. Nesta vila, o Duque Boleslaw II construiu o seu
castelo, às margens do Rio Vístula. Ao final do Século XIV, foi erigida ao seu redor
uma muralha defensiva, a qual, pelo menos em parte, ainda pode ser observada contornando
os limites da Cidade Velha. Ao final da Segunda Guerra Mundial, Varsóvia
contabilizou 80% de seus prédios destruídos, sendo estes reconstruídos com esforço
e esmero a partir da época do domínio comunista.
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Ao fundo (esq.), vê-se uma parte das muralhas que delimitavam a Cidade Velha de Varsóvia |
Ao
sul da Praça do Mercado, encontram-se a Torre Barbacã ou Barbakan Warszawski e
as ruínas do forte medieval, com forma semicircular, que separam a Cidade Velha
da Cidade Nova. Barbacã é um termo militar designando um muro mais baixo, que é
construído à frente das muralhas, com a finalidade de protegê-las da artilharia
do inimigo.
Percorremos
a Rota Real, uma longa rua que liga o Castelo Real de Varsóvia, ao sul da
cidade, passando pelo Palácio Real. Ao longo da mesma, encontramos várias
atrações de grande importância cultural e histórica, além de lojas e
restaurantes.
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A Praça do Mercado na Cidade Velha |
Chegamos
à Praça do Mercado da Cidade Velha, ou Rynek Starego Miasta, o ponto central da
área antiga de Varsóvia, cujos prédios foram destruídos na Segunda Guerra e
restaurados na década de 1950, a partir de pinturas e documentos, com a mesma
aparência que tinham entre os Séculos XVII a XVIII, porém esta praça já existia
desde a criação de Varsóvia no Século XIII.
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Percorrendo o Centro Histórico de Varsóvia |
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Ao fundo, vê-se a torre da Igreja de São Martinho |
O
Castelo Real de Varsóvia foi construído no Século XIV, sendo ampliado em
séculos posteriores. Foi residência oficial dos reis poloneses e sede do
Parlamento. Sofreu danos durante as guerras contra a Suécia, posteriormente foi
usado como residência do Czar Pedro I da Rússia e, na Segunda Guerra, foi
bombardeado pelas tropas nazistas. Situa-se na Praça do Castelo, na Cidade
Velha, e é o ponto de partida da Rota Real.
O castelo é um dos ícones de Varsóvia, o qual foi transformado em museu.
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No passado, o Castelo Real foi a residência dos monarcas poloneses |
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Na frente do Castelo Real podemos encontrar um personagem popular chamado Wojciech Wario, vestido de vermelho, ostentando uma espada curva |
Na
praça, na frente da fachada do castelo, ergue-se a Coluna de Sigismundo, o rei
que transferiu a capital da Polônia de Cracóvia para Varsóvia. Ela foi erguida
entre os anos de 1643 a 1644. Durante a Revolta de Varsóvia, a coluna foi
demolida pelos alemães, causando danos sérios à estátua, porém ela e a coluna
foram restauradas em 1949, mas num local um pouco diferente do original.
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A Coluna do Rei Sigismundo foi construída no Século XVII |
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A torre do sino da Igreja de Santa Ana (Taras Widokowy) é um local onde podemos obter uma vista panorâmica de Varsóvia e até mesmo de outras cidades menores |
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Na Cidade Antiga, encontra-se a estátua da Sereia, o símbolo da cidade de Varsóvia. Segundo a lenda, o pescador Wars apaixonou-se por uma sereia, chamada Sawa, que havia caído em sua rede. Eles se casaram e, depois, ela ganhou a forma humana |
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Ao fundo, o Estádio Narodowy |
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O Museu do Âmbar no Centro Histórico de Varsóvia, com imagens de uma das vitrines da loja do museu e um dos painéis que estava em frente à fachada, explicando a formação do âmbar. A Polônia fazia parte da antiga Rota do Âmbar |
Seguindo
o roteiro, chegamos até a Catedral de São João Batista, que exibe desde o
pós-guerra uma alta fachada de tijolos, que pode causar certa estranheza ao
visitante mais desavisado. Originalmente, a igreja foi construída no Século XIV.
Neste templo, os monarcas foram coroados, como o último rei da Polônia, assim
como foi local da realização de sepultamentos de nobres durante séculos.
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A Catedral de São João Batista |
A
catedral, ao longo dos tempos, passou por várias reformas, tendo no Século XIX
assumido o estilo neogótico. Entretanto, a igreja não foi poupada pelos alemães
durante o Levante de Varsóvia, motivo pelo qual ela foi reconstruída na
arquitetura que hoje vemos, remetendo ao estilo gótico.
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Imagem do prédio da antiga Catedral e detalhes da atual fachada |
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O interior da Catedral de São João Batista |
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Túmulo do Conde Stanisław Małachowski, um importante político polonês, sepultado na Catedral de São João Batista |
Ao
lado da Catedral, menos popular para os turistas, encontra-se o belo edifício
renascentista do Santuário de Nossa Senhora da Graça, construído entre os anos
de 1609 e 1629, pelo Rei Sigismundo III. Durante a revolta de Varsóvia, a
igreja foi totalmente queimada, mas foi reconstruída de acordo com o seu estilo
anterior. No altar barroco, encontra-se um retrato milagroso, devido às graças
obtidas através de Nossa Senhora da Graça.
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Detalhe da fachada da Igreja de Nossa Senhora da Graça |
O
relógio era o tema principal desta foto abaixo. Tentando descobrir a origem
deste belo exemplar, descobri a história da placa de pedra que, desde o ano de
1953, foi colocada na fachada da casa de moradias, onde está o relógio, na
esquina da Rua Zapiecek com a Praça da Cidade Velha. O texto esculpido na
placa, segundo dizem, é polêmico, tendo sido elaborado na época da reconstrução
de Varsóvia, exprimindo por palavras a cultura nacional e as lutas
revolucionárias do povo desta cidade. Alguns entendem que o texto deva ser
mudado, outros acham que não. Para trocar a placa por outra, ela teria que ser
destruída, porém, até o momento, tudo continua do mesmo jeito...
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O relógio e a placa da Rua Zapiecek |
Seguindo
o percurso da Rota Real, passamos pelo Palácio Presidencial, que foi construído
em 1643, mas remodelado várias vezes ao longo dos tempos. Nos primeiros anos de
sua existência, foi propriedade particular das famílias de vários aristocratas.
No ano de 1818, tornou-se sede do Vice-Rei do Reino da Polônia, durante a
ocupação russa, conhecida também como Polônia Russa, pois estava unida com o
Império Russo. Atualmente, é a residência do Presidente da República.
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O Palácio Presidencial |
A
Universidade de Varsóvia foi fundada no ano de 1816. Diante de um dos prédios
da mesma, encontramos a estátua de Nicolau Copérnico (1473-1543), astrônomo e
matemático polonês, que formulou a teoria de que o sol era o centro do sistema
solar.
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Portões da Universidade de Varsóvia e a estátua de Nicolau Copérnico |
O
edifício mais alto de Varsóvia chama a nossa atenção: é o Palácio da Cultura e
da Ciência, um prédio que não traz boas recordações aos poloneses, pois remete
ao período de dominação pela União Soviética. O edifício foi um presente de
Stalin, um apreciador de prédios com ostentação, que identifica o chamado estilo
socialista-realista.
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O Palácio da Cultura e da Ciência – Foto: Wikipedia |
O
Gueto de Varsóvia, o maior da Europa, representa o local da cidade de Varsóvia onde
um terço de sua população, representada pelos cidadãos de origem judaica, foi encarcerada
pelos nazistas. Nele, ocorreu um levante contra os alemães, com a duração de
três meses, porém os judeus foram derrotados. Em memória a estes fatos, neste
local foi construído o Memorial do Levante de Varsóvia, na Praça Krazinski,
próximo ao Museu do Levante ou da Insurreição.
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O Memorial do Levante, na Praça Krazinski, e o prédio de colunas da Suprema Corte |
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O Monumento aos Heróis do Gueto de Varsóvia, em frente ao Museu Histórico dos Judeus Poloneses |
Fizemos
uma visita ao Museu Histórico dos Judeus Poloneses, que está situado em frente
ao memorial do Gueto de Varsóvia. Na sua concepção, não se trata de mais um
museu do holocausto, mas um museu que retrata a presença milenar dos judeus na
Polônia, a convivência judaico-polonesa antes do holocausto e a interligação
entre as duas culturas ao longo dos séculos.
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O Museu Histórico dos Judeus Poloneses em Varsóvia foi projetado pelo arquiteto finlandês Rainer Mahlamäki |
Seguimos
para o sul da cidade, rumo ao Parque Łazienki, o maior de Varsóvia, onde
encontramos o monumento ao compositor polonês Frédéric Chopin (1810-1849).
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Entrada no Parque Łazienki, que é cercado por portões de ferro |
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Jardins do Parque Łazienki |
No
parque há uma estátua que representa Chopin compondo debaixo de uma árvore, a
qual toma a forma da mão de um pianista. Neste local, costumam ser realizados
concertos de piano. Outra bela atração do parque é o Palácio sobre as Águas,
que abriga um museu de arquitetura. O seu reflexo sobre as águas do lago compõe
um belo cenário.
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A estátua de Chopin debaixo de uma árvore no formato de mão de um pianista |
Depois
da visita à cidade de Varsóvia dirigida pelo guia local, fomos às compras e ao
almoço, quando pudemos saborear alguns pratos e bebidas típicas da Polônia,
antes de irmos descansar no hotel. Almoçamos no Bistro Warszawa, no Centro
Histórico de Varsóvia.
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Os famosos Pierogi são pastéis de massa com recheios diversos que são cozidos em água fervente até flutuarem, podendo ser fritos ou assados na manteiga |
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Filé de porco com cogumelos e acompanhamentos, cujo nome em polonês é bem complicado... |
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Nem só de cerveja vive a Polônia! Mais uma cidra no meu passaporte: a polonesa Dobronski Cydr! |
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