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A magnífica cidade de Budapeste às margens do Rio Danúbio |
Localizada
às margens do rio Danúbio, é a cidade mais importante da Hungria e uma das
maiores e mais turísticas da Europa. Budapeste nasceu da unificação de três
cidades no ano de 1873: Buda e Ôbuda (Velha Buda, atualmente um subúrbio), na
margem direita do Danúbio, e Peste, na margem esquerda. Buda era a capital do
Reino da Hungria desde o Século XIII, fundado pelos magiares, os ancestrais dos
húngaros. Depois, houve a ocupação pelos turcos durante quase 150 anos, sendo
reconquistada pelos Habsburgos, a poderosa família da Áustria. Esta aliança com
os austríacos, com o passar do tempo, gerou conflitos, superados de certa forma
através da criação do Império Austro-Húngaro, que concedeu certa autonomia
política à Hungria, até ser dissolvido em 1918. Budapeste teve um grande
papel nas revoluções de orientação socialista que se seguiram. Durante a
Segunda Guerra, a cidade foi parcialmente destruída, já que apoiava a Alemanha,
mas conseguiu se recuperar com o passar dos anos.
A
visita a Budapeste abrangeu as suas principais atrações, que serão apresentadas
na clássica divisão de Buda e Peste, estas separadas pelo Rio Danúbio. Mas
antes, vamos falar sobre a famosa ponte que atravessa este rio.
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A Ponte das Correntes tendo os leões como guardiões |
A
Ponte das Correntes, uma ponte pênsil construída em 1849, atravessa o Rio Danúbio
e liga Buda de Peste. Entre uma e outra ponta temos: a Praça Roosevelt, com o
Palácio Gresham e a Academia de Ciências da Hungria; do outro lado, a Praça
Adam Clark, onde estão a Pedra do Quilômetro Zero e o final do funicular do
Castelo de Buda. A ponte é magnífica, principalmente à noite! Um cartão postal
inesquecível! Detalhe sobre as estátuas de leões: são os guardiões da ponte...
PESTE
O
bairro de Peste representa a parte moderna da cidade. Nele figura o prédio do
Parlamento de Budapeste, junto ao Danúbio, que, de certa forma, lembra o famoso
Parlamento de Londres. O seu interior é decorado com mármore e ouro. Aliás, nele
foram empregados 40 kg deste precioso metal...
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O belíssimo prédio do Parlamento às margens do Danúbio, o mais alto de Budapeste |
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A Basílica de Santo Estevão projeta-se no skyline de Budapeste (dir.), sendo o segundo prédio mais alto de Budapeste |
A
Basílica de Santo Estevão tem como patrono o rei santo de mesmo nome - Estevão
I -, o primeiro rei da Hungria, podendo abrigar 8.500 pessoas. Foi construída
no estilo neoclássico entre os anos de 1851 e 1905. A fachada possui duas
torres, sendo que, na da direita, encontra-se o maior e mais pesado sino da
Hungria, este com 9 toneladas. Na capela que fica atrás do santuário, encontra-se
a relíquia do santo mumificado.
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A Basílica de Santo Estevão no bairro de Lipótváros, no centro de Budapeste |
A
preferência por águas termais é uma influência vinda dos turcos, que dominaram
a Hungria por mais de um século. O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é um dos
maiores da Europa, sendo o primeiro balneário terapêutico de Pest, construído no
estilo renascentista entre os anos de 1909 e 1913. A água termal deste balneário,
com incríveis indicações terapêuticas, vem do segundo poço mais profundo de
Budapeste, com 1.246 metros e 76º C de temperatura, porém as piscinas
apresentam temperaturas bem mais agradáveis. O balneário oferece inúmeros
serviços, que estão incluídos no preço da entrada, além de outros tratamentos,
mas com preços sob consulta.
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O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é o primeiro balneário terapêutico de Pest |
Dentre
os parques municipais, há o chamado City Park, que possui uma área de 1,2 km² e
está localizado no XIVº Distrito de Budapeste, cuja área principal coincide com
a famosa Praça dos Heróis.
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Vista do Lago do City Park |
A
Praça dos Heróis é uma das mais emblemáticas de Budapeste. No centro da praça
vemos o Memorial do Milênio, com as estátuas dos sete líderes magiares, que
fundaram a Hungria no Século IX. No alto da coluna central com 36 m de altura,
está o Arcanjo Gabriel. Nas fileiras de colunas, ou colunata, contornando a
praça, encontram-se as estátuas de personagens históricos húngaros.
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A Praça dos Heróis reúne os principais personagens que conduziram a história da Hungria |
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Detalhe da Colunata do lado direito |
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Detalhe da Colunata do lado esquerdo |
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Coluna central com os sete líderes magiares e, no alto, São Gabriel |
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Um lindo cenário para uma foto de recordação de viagem |
O
Palácio das Artes ou Műcsarnok Kunsthalle é um museu de arte contemporânea
situado na Praça dos Heróis. No estilo neoclássico, foi concluído em 1896 e renovado
em 1995. Apresenta exposições temporárias de arte contemporânea.
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Detalhe do prédio neoclássico do Palácio das Artes |
O
Museu de Belas Artes situa-se na Praça dos Heróis, em frente ao Palácio das
Artes. No estilo eclético neoclássico, foi construído entre 1900 e 1906. A
coleção do museu abrange todos os períodos da arte internacional, além da
húngara. No momento, encontra-se em reformas.
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O Museu de Belas Artes na Praça dos Heróis |
Próxima
à Praça dos Herois, encontramos esta estranha ampulheta, que agrada a uns e a
outros nem tanto. Ela fez a contagem regressiva para o ingresso da Hungria na
Comunidade Europeia. A areia leva um ano para escorrer totalmente, completando o ciclo à meia-noite do dia 31 de dezembro. Segundo a nossa guia de
Budapeste, ela estaria à venda. Quem se habilita?
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A controvertida Ampulheta segue contando os seus incertos dias... |
O
Museu de Artes Aplicadas é o terceiro mais antigo do gênero no mundo.
Construído entre os anos de 1893 e 1896, este belo palácio no estilo Art
Nouveau abriga uma coleção de trabalhos em vidro, metal, têxteis e móveis, além
de uma biblioteca. O interior recebeu projetos islâmicos, hindus e mogul (uma
mistura de arquitetura islâmica, persa, turca e indiana; como exemplo do mogul temos o
Taj Mahal...). Arte Aplicada é um tipo de arte utilizada para produzir objetos
do quotidiano, ou seja, a arte não tem apenas uma finalidade estética.
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Descobrimos este exótico museu passeando por Budapeste |
A
grande Praça Kálvin Tér ou Praça Calvinista situada em Peste é o ponto central
do bairro da Universidade de Budapeste. Na foto vemos a Igreja Calvinista
construída em 1830, que derivou o nome da praça.
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Vista parcial da Praça Kálvin Tér, tendo ao fundo a Igreja Calvinista |
Seguimos
em direção ao Mercado Central.
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O Prédio do Mercado Central de Budapeste foi construído no final do Século XIX, sendo atingido pelos bombardeios da 2ª Guerra, mas foi reconstruído ao longo de três anos |
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No térreo, músicos dão as boas-vindas aos visitantes! |
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Vista interna do movimentado Mercado Central |
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No Mercado podemos encontrar uma grande variedade de artigos artesanais |
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Há uma infinidade de itens culinários para se escolher. Destaque para as pápricas, o foie gras húngaro, os salames e os queijos nativos |
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Não podemos nos esquecer de degustar o famoso vinho Tokaj, de aroma frutado e com toque de mel, da região vinícola de mesmo nome. Com paladar adocicado, combina bem com foie gras, queijos e sobremesas à base de creme e frutas |
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Almoço no Restaurante Paprika, situado na Ráday utca 16. O toldo vermelho da área externa acabou refletindo uma ‘cor de páprica’ nas toalhas, nos pratos e tudo o mais... Acima, filé de salmão, tagliatelle com tomates secos e espinafre; abaixo, temos medalhão de porco à parmiggiana, com salada fresca e purê de batatas |
BUDA
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Atravessando o Danúbio em direção ao bairro de Buda |
O
bairro de Buda é o mais antigo e o de maior significado histórico. A atração
mais importante é o Castelo de Buda, representado pelo castelo histórico e o Palácio
Real dos reis húngaros, erigido a 170 m de altura, com sua imensa cúpula
esverdeada. Este castelo foi destruído na guerra de libertação contra os
turcos, mas foi reconstruído pelos Habsburgo da Casa Real da Áustria. O palácio
atualmente abriga a Galeria Nacional Húngara, o Museu de História de Budapeste
e a Biblioteca Nacional. Pode-se chegar até lá utilizando os funiculares, com
suas cabines do ano de 1870, nas cores amarela e bordô. É, sem dúvida, uma opção muito charmosa de desfrutar da bela visão de Budapeste e do Danúbio.
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Uma mágica visão noturna do Castelo de Buda e da Igreja de São Mathias (atrás) – Fonte: Wikipedia – Foto: hpgruesen |
Neste
bairro, encontramos o Bastião dos Pescadores, um grande terraço nos estilos
neogótico e neorromânico, na colina do Castelo de Buda. Há sete torres, que simbolizam
as sete tribos magiares, que chegaram à Hungria no Século 9º. O castelo era
protegido por pescadores na Idade Média, por isso, o nome bastião, o baluarte,
a defesa... Neste terraço há inúmeras escadas e passarelas. Nos arredores,
vemos a Igreja de São Mathias, cujo nome oficial é Igreja de Nossa Senhora,
porque a Virgem Maria é a padroeira da Hungria. Esta igreja foi sede de
coroações e casamentos reais. Foi construída entre os Séculos XIII e XV.
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Imagens da Igreja de São Mathias e do Bastião dos Pescadores, para finalizar esta postagem |
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