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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Hungria - Budapeste


A magnífica cidade de Budapeste às margens do Rio Danúbio

Localizada às margens do rio Danúbio, é a cidade mais importante da Hungria e uma das maiores e mais turísticas da Europa. Budapeste nasceu da unificação de três cidades no ano de 1873: Buda e Ôbuda (Velha Buda, atualmente um subúrbio), na margem direita do Danúbio, e Peste, na margem esquerda. Buda era a capital do Reino da Hungria desde o Século XIII, fundado pelos magiares, os ancestrais dos húngaros. Depois, houve a ocupação pelos turcos durante quase 150 anos, sendo reconquistada pelos Habsburgos, a poderosa família da Áustria. Esta aliança com os austríacos, com o passar do tempo, gerou conflitos, superados de certa forma através da criação do Império Austro-Húngaro, que concedeu certa autonomia política à Hungria, até ser dissolvido em 1918. Budapeste teve um grande papel nas revoluções de orientação socialista que se seguiram. Durante a Segunda Guerra, a cidade foi parcialmente destruída, já que apoiava a Alemanha, mas conseguiu se recuperar com o passar dos anos.

A visita a Budapeste abrangeu as suas principais atrações, que serão apresentadas na clássica divisão de Buda e Peste, estas separadas pelo Rio Danúbio. Mas antes, vamos falar sobre a famosa ponte que atravessa este rio.


A Ponte das Correntes tendo os leões como guardiões

A Ponte das Correntes, uma ponte pênsil construída em 1849, atravessa o Rio Danúbio e liga Buda de Peste. Entre uma e outra ponta temos: a Praça Roosevelt, com o Palácio Gresham e a Academia de Ciências da Hungria; do outro lado, a Praça Adam Clark, onde estão a Pedra do Quilômetro Zero e o final do funicular do Castelo de Buda. A ponte é magnífica, principalmente à noite! Um cartão postal inesquecível! Detalhe sobre as estátuas de leões: são os guardiões da ponte... 


PESTE

O bairro de Peste representa a parte moderna da cidade. Nele figura o prédio do Parlamento de Budapeste, junto ao Danúbio, que, de certa forma, lembra o famoso Parlamento de Londres. O seu interior é decorado com mármore e ouro. Aliás, nele foram empregados 40 kg deste precioso metal...

 
O belíssimo prédio do Parlamento às margens do Danúbio, o mais alto de Budapeste

A Basílica de Santo Estevão projeta-se no skyline de Budapeste (dir.), sendo o segundo prédio mais alto de Budapeste

A Basílica de Santo Estevão tem como patrono o rei santo de mesmo nome - Estevão I -, o primeiro rei da Hungria, podendo abrigar 8.500 pessoas. Foi construída no estilo neoclássico entre os anos de 1851 e 1905. A fachada possui duas torres, sendo que, na da direita, encontra-se o maior e mais pesado sino da Hungria, este com 9 toneladas. Na capela que fica atrás do santuário, encontra-se a relíquia do santo mumificado.


A Basílica de Santo Estevão no bairro de Lipótváros, no centro de Budapeste

A preferência por águas termais é uma influência vinda dos turcos, que dominaram a Hungria por mais de um século. O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é um dos maiores da Europa, sendo o primeiro balneário terapêutico de Pest, construído no estilo renascentista entre os anos de 1909 e 1913. A água termal deste balneário, com incríveis indicações terapêuticas, vem do segundo poço mais profundo de Budapeste, com 1.246 metros e 76º C de temperatura, porém as piscinas apresentam temperaturas bem mais agradáveis. O balneário oferece inúmeros serviços, que estão incluídos no preço da entrada, além de outros tratamentos, mas com preços sob consulta. 


O Balneário Termal Széchenyi Fürdö é o primeiro balneário terapêutico de Pest

Dentre os parques municipais, há o chamado City Park, que possui uma área de 1,2 km² e está localizado no XIVº Distrito de Budapeste, cuja área principal coincide com a famosa Praça dos Heróis. 

 
Vista do Lago do City Park

A Praça dos Heróis é uma das mais emblemáticas de Budapeste. No centro da praça vemos o Memorial do Milênio, com as estátuas dos sete líderes magiares, que fundaram a Hungria no Século IX. No alto da coluna central com 36 m de altura, está o Arcanjo Gabriel. Nas fileiras de colunas, ou colunata, contornando a praça, encontram-se as estátuas de personagens históricos húngaros.


A Praça dos Heróis reúne os principais personagens que conduziram a história da Hungria

Detalhe da Colunata do lado direito

Detalhe da Colunata do lado esquerdo

Coluna central com os sete líderes magiares e, no alto, São Gabriel

Um lindo cenário para uma foto de recordação de viagem

O Palácio das Artes ou Műcsarnok Kunsthalle é um museu de arte contemporânea situado na Praça dos Heróis. No estilo neoclássico, foi concluído em 1896 e renovado em 1995. Apresenta exposições temporárias de arte contemporânea.


Detalhe do prédio neoclássico do Palácio das Artes

O Museu de Belas Artes situa-se na Praça dos Heróis, em frente ao Palácio das Artes. No estilo eclético neoclássico, foi construído entre 1900 e 1906. A coleção do museu abrange todos os períodos da arte internacional, além da húngara. No momento, encontra-se em reformas.


O Museu de Belas Artes na Praça dos Heróis

Próxima à Praça dos Herois, encontramos esta estranha ampulheta, que agrada a uns e a outros nem tanto. Ela fez a contagem regressiva para o ingresso da Hungria na Comunidade Europeia. A areia leva um ano para escorrer totalmente, completando o ciclo à meia-noite do dia 31 de dezembro. Segundo a nossa guia de Budapeste, ela estaria à venda. Quem se habilita? 


A controvertida Ampulheta segue contando os seus incertos dias...

O Museu de Artes Aplicadas é o terceiro mais antigo do gênero no mundo. Construído entre os anos de 1893 e 1896, este belo palácio no estilo Art Nouveau abriga uma coleção de trabalhos em vidro, metal, têxteis e móveis, além de uma biblioteca. O interior recebeu projetos islâmicos, hindus e mogul (uma mistura de arquitetura islâmica, persa, turca e indiana; como exemplo do mogul temos o Taj Mahal...). Arte Aplicada é um tipo de arte utilizada para produzir objetos do quotidiano, ou seja, a arte não tem apenas uma finalidade estética.


Descobrimos este exótico museu passeando por Budapeste

A grande Praça Kálvin Tér ou Praça Calvinista situada em Peste é o ponto central do bairro da Universidade de Budapeste. Na foto vemos a Igreja Calvinista construída em 1830, que derivou o nome da praça.


Vista parcial da Praça Kálvin Tér, tendo ao fundo a Igreja Calvinista

Seguimos em direção ao Mercado Central. 


O Prédio do Mercado Central de Budapeste foi construído no final do Século XIX, sendo atingido pelos bombardeios da 2ª Guerra, mas foi reconstruído ao longo de três anos

No térreo, músicos dão as boas-vindas aos visitantes!

Vista interna do movimentado Mercado Central

No Mercado podemos encontrar uma grande variedade de artigos artesanais

Há uma infinidade de itens culinários para se escolher. Destaque para as pápricas, o foie gras húngaro, os salames e os queijos nativos

Não podemos nos esquecer de degustar o famoso vinho Tokaj, de aroma frutado e com toque de mel, da região vinícola de mesmo nome. Com paladar adocicado, combina bem com foie gras, queijos e sobremesas à base de creme e frutas

Almoço no Restaurante Paprika, situado na Ráday utca 16. O toldo vermelho da área externa acabou refletindo uma ‘cor de páprica’ nas toalhas, nos pratos e tudo o mais... Acima, filé de salmão, tagliatelle com tomates secos e espinafre; abaixo, temos medalhão de porco à parmiggiana, com salada fresca e purê de batatas

BUDA


Atravessando o Danúbio em direção ao bairro de Buda

O bairro de Buda é o mais antigo e o de maior significado histórico. A atração mais importante é o Castelo de Buda, representado pelo castelo histórico e o Palácio Real dos reis húngaros, erigido a 170 m de altura, com sua imensa cúpula esverdeada. Este castelo foi destruído na guerra de libertação contra os turcos, mas foi reconstruído pelos Habsburgo da Casa Real da Áustria. O palácio atualmente abriga a Galeria Nacional Húngara, o Museu de História de Budapeste e a Biblioteca Nacional. Pode-se chegar até lá utilizando os funiculares, com suas cabines do ano de 1870, nas cores amarela e bordô. É, sem dúvida, uma opção muito charmosa de desfrutar da bela visão de Budapeste e do Danúbio.


Uma mágica visão noturna do Castelo de Buda e da Igreja de São Mathias (atrás) – Fonte: Wikipedia – Foto: hpgruesen

Neste bairro, encontramos o Bastião dos Pescadores, um grande terraço nos estilos neogótico e neorromânico, na colina do Castelo de Buda. Há sete torres, que simbolizam as sete tribos magiares, que chegaram à Hungria no Século 9º. O castelo era protegido por pescadores na Idade Média, por isso, o nome bastião, o baluarte, a defesa... Neste terraço há inúmeras escadas e passarelas. Nos arredores, vemos a Igreja de São Mathias, cujo nome oficial é Igreja de Nossa Senhora, porque a Virgem Maria é a padroeira da Hungria. Esta igreja foi sede de coroações e casamentos reais. Foi construída entre os Séculos XIII e XV.


Imagens da Igreja de São Mathias e do Bastião dos Pescadores, para finalizar esta postagem


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