A Irlanda do Norte, um país do Reino Unido, situa-se fora da Grã-Bretanha, na chamada Ilha da Irlanda, vizinha da República da Irlanda, que é independente e soberana. No passado, havia divergências entre os dois grupos, que correspondiam às atuais Irlandas. Um deles queria a autonomia e o outro a continuação do vínculo com o governo britânico. Para evitar uma guerra civil, o governo aprovou uma lei criando as duas Irlandas. A Irlanda do Norte é uma monarquia constitucional, em que o chefe de Estado é a Rainha Elisabeth. O país elege 18 deputados para a Câmara dos Comuns do parlamento britânico. É formada por 26 Distritos, e a economia é baseada na agricultura e na indústria (principalmente a de linho e a náutica). A Capital Belfast situa-se na Província de Ulster, na foz do rio Lagan, sendo a maior cidade do país. Nela vivem mais de um terço da população de toda a Irlanda do Norte. O inglês é a língua majoritária.
|
No centro de Belfast |
A história da Irlanda do Norte é complexa e pontuada por períodos difíceis e conflitantes. As duas comunidades culturais, os Unionistas e os Nacionalistas representam a extensão deste panorama histórico. Os primeiros são na sua maioria protestantes (presbiterianos) e anglicanos e os segundos na sua maioria católicos. Mais do que a questão religiosa, esta divisão representa a comunidade de origem de cada grupo. A maioria da população é Unionista, a qual teme a união das Irlandas. Enquanto perdurar a situação, a Irlanda do Norte continuará a pertencer ao Reino Unido. O problema é que o número de protestantes vem diminuindo com o passar do tempo, o que pode conduzir a novos conflitos no futuro...
|
Um dos painéis do Bairro Católico de Belfast |
Vindas de Larne, chegamos a Belfast, cidade de arquitetura vitoriana e eduardina, às margens do rio Lagan, conhecendo de imediato o bairro católico (Andersonstown) e o protestante (Ballymacarrett), que nos remetem à convivência difícil entre estes dois grupos. Admiramos os famosos murais da Capital. Algumas áreas possuem murais protestantes representando, entre outras coisas, a lealdade à Coroa. Por sua vez, os murais católicos foram elaborados com motivos políticos e folclóricos.
|
No Bairro Protestante de Belfast, uma demonstração de lealdade à Coroa Inglesa |
Percorremos o centro a pé, pois a maior parte do bairro é reservada aos pedestres. Encontramos sem maiores dificuldades o imenso Albert Clock, no final da High Street, relógio este construído em homenagem ao consorte da Rainha Vitória, o qual lembra o Big Ben, e a Victoria Square. Depois de algum tempo de passeio, seguimos o nosso percurso rumo à Irlanda. Passamos por cidades como Lisburn, Hillsborough e Newry, até a fronteira da República Irlandesa, perto de Jonesborough.
|
Ao fundo, o relógio Albert Clock, na High Street |
Nenhum comentário:
Postar um comentário