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A sede do Governo de San Marino |
A República de San Marino é um pequeno Estado com apenas 61,5 km ² e com uma população de pouco mais de 42 mil habitantes. A língua oficial é o italiano, mas é falado um dialeto do idioma. Limita-se com as regiões italianas de Emilia-Romagna e Marche. A origem desta República é muito antiga, e foi fundada no século IV, quando o monge Marino, com um grupo de discípulos, estava fugindo da perseguição do Imperador Diocleciano. San Marino está dividida em nove municípios ou castelli, que seriam as regiões propriamente ditas, as quais estão divididas em 43 comunas. A Capital é a Cidade de San Marino, que se encontra no alto do Monte Titano. O país acolheu o revolucionário Giuseppe Garibaldi, nosso conhecido herói.
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Turistas nas ruas da Capital |
Saindo de Bolonha, na região de Emilia-Romagna, seguimos viagem em direção ao Mar Adriático, para conhecer San Marino. Pelo nosso roteiro, na verdade, teríamos que ir para a cidade italiana de Rimini, onde pernoitaríamos. O nosso guia, porém, propôs que a deixássemos de lado e fôssemos desde logo para San Marino, onde ficaríamos hospedados naquela noite. Ele argumentou que o percurso até aquela cidade seria longo e com muito trânsito, pois, no período de verão, ficava abarrotada de turistas que passavam as madrugadas festejando. Segundo ele, muito pouco aproveitaríamos, além de corrermos o risco de não dormirmos bem à noite, tendo que levantar muito cedo pela manhã para seguir viagem. A aprovação foi unânime.
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Local reservado para as apresentações culturais |
San Marino é um pequeno país, com livre trânsito para os turistas. Dizem que os italianos atravessam a tênue fronteira para fazer compras por lá, pois os preços são mais vantajosos, além de direcionarem os seus investimentos neste país que tem impostos muito menores do que os da Itália. Outro detalhe é que os chamados produtos baratos, como por exemplo os perfumes, são na verdade falsificações. Para arrematar, eles costumam fazer comércio de amostras dos frascos, o que é proibido pelas indústrias de perfumes. Há dezenas de lojas vendendo souvenires e produtos a preços baixos, algo que nos lembra de certa forma o Paraguai.
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Parada antes de chegar ao topo do Monte Titano |
O território do país é restrito e a Capital, como já dito, situa-se numa montanha incrivelmente alta para quem a observa à distância. Custou-me a crer que seguiríamos de ônibus até praticamente o seu cume. Depois de intermináveis curvas ascendentes, o ônibus parou num estacionamento num local reservado, e fizemos o restante da visita a pé. A Cidade de San Marino é fortificada, e a sede do governo situa-se num castelo, com direito à troca da guarda com toda a pompa e circunstância. Digna de nota é a vista que se obtém do alto da montanha, onde podemos ter a visão de todo o país e das regiões italianas vizinhas, além do Mar Adriático. É algo de tirar o fôlego!
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Vista do território de San Marino, com o Mar Adriático ao fundo |
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Vista do alto de um dos Castelli de San Marino |
No final da tarde, quando o guia conseguiu reunir a duras penas o nosso grupo, tomamos o rumo do hotel, descendo a montanha novamente. Naquela noite, tivemos o nosso jantar oficial de despedida no restaurante do hotel, num ambiente muito seleto e aristocrático. À nossa mesa, tivemos a companhia de um casal e de duas irmãs, todos gaúchos como nós. Brindamos ao nosso encontro e à nossa despedida naquela excursão. Pela manhã, seguimos para as terras italianas, com destino a Urbino e a Assis.
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O nosso guia José Manuel com o nosso grupo de gaúchos no jantar de despedida de San Marino |
Assista ao vídeo de fotos de San Marino:
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