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domingo, 2 de junho de 2013

Suíça


A bela e cativante Suíça

Um pequeno país no coração da Europa! Uma nação que fala quatro línguas: o alemão, o francês, o italiano e o romanche. É o país das finanças, da relojoaria, dos queijos e chocolates, dos Alpes, das neves eternas e dos chalés coloridos. Um país para os amantes da natureza e dos prazeres – dos mais simples aos mais refinados. A Confederação Helvética (seu nome oficial) consiste em 23 Cantões. Costuma-se dizer, para simplificar, que existem quatro cantões em função das quatro línguas ali faladas.



Zurique

Estive na Suíça em três oportunidades. Na primeira, a viagem restringiu-se ao cantão de língua alemã, onde é falado o dialeto suíço-alemão, visitando Zurique, Lucerna e Basiléia ou Basel, além de um passeio ao Monte Pilatus.


Lugano no Cantão de língua italiana

Retornei à Suíça com minha filha, quando fizemos uma excursão dedicada à Itália e à cultura e língua italianas, onde estava incluído no roteiro o charmoso Cantão de Ticino, de mesmo idioma, situado no sul da Suíça. Embora a língua remeta-nos à Itália e ao povo italiano, o comportamento das pessoas aproxima-se mais do padrão suíço. Isto se reflete no cuidado e na limpeza das cidades, assim como no trânsito ordeiro e responsável. Por outro lado, apesar de na Suíça existirem idiomas de origens tão diversas, penso que a sua unidade deve ter nascido de uma força um tanto misteriosa e invisível que os enlaçou, resultando neste país coeso, com um modo de vida tão invejável.

Apenas 8% da população suíça vive no Cantão de língua italiana, o que representa mais de 320 mil habitantes falantes do dialeto ticinese, o qual não é reconhecido oficialmente. Ticino está localizado ao sul dos Alpes, margeando os lagos italianos, tendo como Capital a cidade de Bellinzona. Seu clima mediterrâneo é agradável, com temperaturas amenas e vegetação subtropical abundante e viçosa. O nome vem do Cantão vem do Rio Ticino que deságua no Lago Maggiore.


Os veículos aguardam a sinalização para entrarem no Túnel de São Gotardo

Na viagem seguinte, conhecemos a Capital Berna, revendo ainda Lucerna, Zurique e Lugano. Após uma breve parada para matar as saudades de Lugano, seguimos viagem no sentido norte, rumo aos Alpes, na direção de Bellinzona, para atravessar o Túnel de São Gotardo. O Passo de São Gotardo (passo significa um túnel dentro da montanha) possui 17 km de extensão. Antes de o percorrermos, tivemos que aguardar a liberação da sinalização para entrar no túnel. No passado, depois de um acidente envolvendo dois caminhões, o tráfego de veículos passou a ser controlado, evitando-se a circulação de um grande número de veículos ao mesmo tempo. O percurso, dentro da imensa montanha, pela relativa demora em transpô-la, causa certa inquietação...

O Maciço de São Gotardo, que alcança a altitude de 2.108 m, pertence aos Cantões suíços de Uri e Ticino. Nele encontramos as nascentes de três rios que percorrem importantes cidades ou países: o Reno (Alemanha), o Reuss (Lucerna) e o Aare (Berna), que correm em direção ao Mar do Norte.


Paisagem do Cantão de Uri

Seguindo viagem, passamos pelos Cantões de Uri e Unterwalden, até que divisamos o Lago de Lucerna, conhecido também como o “lago dos quatro cantões da floresta”.


O Cantão de Unterwalden


O Lago de Lucerna, conhecido como o lago dos quatro cantões da floresta

Deixando a Suíça, seguindo o rumo da França, percorremos os cantões de língua francesa Fribourg (onde também se fala o alemão), Neuchâtel e Vaud.


Um vilarejo no Cantão de Fribourg, onde fala-se o alemão e o francês


Paisagem rural do Cantão Vaud de língua francesa


O Cantão de Neuchâtel




Assista ao vídeo de fotos das viagens à Suíça:











Suíça - Zurique


Zurique, a maior cidade da Suíça


O nome da cidade teria vindo de uma palavra celta “Turus”, corroborada por uma inscrição tumular da época da ocupação romana no século II. O antigo nome romanizado da cidade era “Turicum”. A cidade está localizada onde o Rio Limmat deixa o Lago Zurique, e está cercada por belos montes arborizados, abrigando 1,1 milhões de habitantes na área metropolitana.



O Rio Limmat


Zurique tem a responsabilidade de ser a maior e a mais rica cidade do país. A principal característica de seu comércio, assim como o de outras cidades suíças, é a sofisticação de suas lojas, com vitrines decoradas com bom gosto e expondo roupas sofisticadas, bonitas e modernas. Quase não se veem roupas extravagantes, e as cores são quase sempre sóbrias. As pessoas em geral vestem-se sobriamente nas ruas. Esta sobriedade também se revela no comportamento, na maneira de se comunicar e - me atrevo a dizer - na expressão contida de seus sentimentos.


Na floricultura uma surpresa: as aveludadas flores de Edelweiss

As joalherias e relojoarias estão por toda a parte: às vezes as joias e os relógios se confundem. Os chocolates são especialmente deliciosos, e há inúmeras lojas especializadas que vendem estas preciosidades açucaradas. Impossível resistir. Aliás, o único complicador é o preço comparativamente mais alto das mercadorias com relação aos outros países. Mas a troca dos euros por francos suíços não chega a ser exatamente um problema. Para as necessárias moedas, as máquinas de trocar dinheiro são comuns e confiáveis, como tudo o mais na Suíça.


Na sacada, um enfeite inusitado

O passeio turístico quase sempre começa pelo Centro Histórico, que é dividido pelo Rio Limmat, local onde há cafés e bares para fazermos uma pausa. Depois, procuramos os perfis das torres das igrejas de Grossmünster (a das torres gêmeas), de Fraumünster e de St. Peter recortados no céu de Zurique, ancoramos o olhar por alguns instantes nas águas tranquilas do lago, e voltamos ao centro de compras, na Bahnhofstrasse, percorrendo as sinuosas ruas, quem sabe arriscando subir num dos bondes brancos e azuis que trafegam pela cidade, seguindo algum plano de percurso...


Ao fundo, a torre da Igreja de St. Peter


As casas ao longo do Rio Limmat, tendo ao fundo a torre verde de Fraumünster


As torres da Igreja de Grossmünster

Da última vez em que estivemos em Zurique, uma atração chamou-nos a atenção: um relógio feito com folhagens e floríferas, numa meticulosa elaboração realizada pelos representantes da relojoaria suíça, que havia sido doado à cidade. Situado em frente ao lago de Zurique, ele surpreende pela sua engenhosidade e bom-gosto.



Wie spät ist es? (Que horas são?)


Um passeio de barco é uma das opões de lazer em Zurique

No começo da noite, após um passeio pela cidade, hospedamo-nos no Hotel Hilton, perto do Aeroporto de Zurique. Pela manhã, uma intensa neblina cobria a cidade, deixando antever o que as próximas estações reservavam aos habitantes. Naquela área do hotel, descobri algo surpreendente: como o ar da Suíça pode ser encantado! O ar matinal impregnado pelo magnífico perfume dos pinheiros e plátanos é algo inesquecível! E a viagem prosseguiu até a Capital da Suíça, Berna, após percorrer os Cantões de Zurique e Argóvia.


Neblina no começo de uma manhã de verão em Zurique