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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

França - Auvers-sur-Oise


A Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Auvers-sur-Oise

Auvers-sur-Oise, situada no Departamento de Val d’Oise, na região de Île-de-France, está a 30 km de distância de Paris. O nome vem do Rio Oise, que atravessa a cidade. É internacionalmente conhecida por ser o refúgio de pintores impressionistas, como Cézanne, Pissaro, Daubigny e, naturalmente, Van Gogh.


O painel descreve uma resumida biografia de Van Gogh

Nesta pequena cidade, Van Gogh pintou suas últimas telas, durante cerca de setenta dias, falecendo em 29/07/1890, depois de ter atentado contra a própria vida, com um tiro de revólver contra o peito.  Foi sepultado no cemitério desta cidade, junto a seu irmão Theo, que foi enterrado ao seu lado posteriormente.


Na estrada, rumo à Auvers-sur-Oise

Fomos de carro até esta encantadora cidade, saindo de Paris, seguindo a A15, em direção a Cergy-Pontoise, após, seguimos pela A115 em direção a Amiens-Beauvais, depois Méry-Auvers-sur-Oise.


Chegada a Auvers-sur-Oise

É uma cidade calma e acolhedora. De posse do mapa fornecido na Office du Tourisme, caminhamos para conhecer alguns dos monumentos históricos de Auvers-sur-Oise.




A Pousada Ravoux é conhecida como a casa de Vang Gogh, onde se hospedou no ano de 1890. O pintor ocupava um pequeno quarto no sótão iluminado por uma claraboia. A antiga pousada foi restaurada, de modo a conservar o estilo Belle Époque.


Na Pousada Ravoux, Van Gogh viveu os seus últimos dias

Nela atualmente funciona um restaurante com gastronomia do Século XIX, onde Van Gogh fazia suas refeições, e um museu voltado à memória do pintor holandês, que tem como pontos altos o pequeno quarto no sótão, o quarto nº 5, localizado no 2º andar, onde o pintor faleceu. O museu é privado e é cobrado ingresso para a visitação, durante a qual está incluído um filme sobre a passagem do pintor por Auvers-sur-Oise.


Na entrada, a mesa com o vinho cenográfico remete aos tempos de funcionamento da Pousada Ravoux

Como não é permitido fotografar o quarto de Van Gogh, forneci o meu e-mail, para que o museu enviasse as fotos oficiais naquele dia.


À esquerda, vemos o quarto de Van Gogh mobiliado apenas com uma cadeira, recebendo do alto a luz da claraboia, comum aos sótãos

Na loja do museu são vendidos livros e objetos relacionados a Van Gogh

A mesa posta, como nos tempos de Van Gogh. Na caixa, o kit para degustar o absinto

Livros, CDs e outros artigos relacionados com Van Gogh

Assistimos ao filme sobre a passagem de Van Gogh por Auvers-sur-Oise

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção, erguida entre os Séculos XII e XIII, foi retratada por Van Gogh, cuja tela está no Museu d’Orsay.


A tela de Van Gogh retrata a Igreja de Nossa Senhora da Assunção

O interior da Igreja de Nossa Senhora da Assunção

Vimos a Casa do Doutor Gachet, na Rue du Docteur Gachet, um médico e colecionar de arte que era amigo de Van Gogh, retratado pelo pintor em várias telas. Esta moradia foi restaurada e está aberta ao público para visitação.


A casa do Dr. Gachet, seu médico e amigo

A reprodução do quadro de Van Gogh retratando o Dr. Gachet

O Hôtel de Ville, a Câmara Municipal de Auvers-sur-Oise, situa-se em frente à Pousada Ravoux.


O Hôtel de Ville de Auvers-sur-Oise

O Hôtel de Ville na visão de Van Gogh

No Parque Van Gogh, situado na Rue du General de Gaulle, está a estátua de Van Gogh, numa representação simbólica e psicológica do pintor, pelo artista escultor Ossip Zadkine. No meu ponto de vista, parece-me um tanto simbólica demais...


Van Gogh na visão do artista Ossip Zadkine

O Castelo de Leyrith, mais conhecido como o castelo de Auvers-sur-Oise, na Rue de Lery, foi construído em 1683 para um banqueiro italiano, sendo ampliado no Século XVIII. Ao redor do castelo existe um belo parque, que abriga um Ninfeu (na Grécia e em Roma era um antigo santuário consagrado às ninfas), uma gruta artificial, que revela uma decoração muito em voga no Século XVIII.


Vista parcial do Castelo de Auvers-sur-Oise

O jardim do castelo, no estilo do Século XVII. Vemos os efeitos da seca sobre a região, que prejudicou a vitalidade das plantas do jardim

O castelo propõe ao visitante um percurso cenográfico chamado Viagem ao Tempo dos Impressionistas, isto é, nele observamos a inserção deste movimento dentro da sociedade parisiense do Século XIX.


Entramos na atmosfera da Paris Haussmann, com seus cafés e cabarés

O nascimento do Impressionismo em imagens e textos

Cenário de uma casa em Paris na década de 1870

O mundo das cortesãs e dos bordéis escondido por detrás das portas

A luxuosa vida social em contraponto à pobreza dos trabalhadores

O mundo do palco e a agitação dos cafés de Paris

Tempo de lazer: as viagens de trem seduzem os impressionistas

A bordo do trem, a tela em movimento cria a ilusão de uma viagem pelas técnicas da pintura

Os viajantes descem: a atmosfera de praia, com barcos, banhistas e pescadores em meio às telas projetadas de Renoir

Monet soube explorar as facetas do elemento líquido na pintura: rios, lagos e mares...

A nossa próxima visita foi ao cemitério, localizado ao norte da cidade.


A entrada do pequeno Cemitério de Auvers-sur-Oise

Junto ao muro estão os túmulos de Van Gogh e de seu irmão Theo, cobertos por heras. Há túmulos de outros pintores, escultores e artistas neste cemitério, cujos túmulos ainda podem ser encontrados.


A simplicidade dos túmulos de Vincent e do irmão Theo os tornam ainda mais grandiosos

Ao redor do cemitério vemos campos de trigo, mas já havia sido feita a colheita. Nesta região Van Gogh pintou o famoso quadro Campo de Trigo com Corvos em 1890.


Campo de trigo, onde a colheita já havia sido feita

Campo de Trigo com Corvos - 1890

A nossa visita durou cerca de cinco horas, incluindo-se o tempo de viagem. Após, retornarmos à Paris.



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