|
A Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Auvers-sur-Oise |
Auvers-sur-Oise,
situada no Departamento de Val d’Oise, na região de Île-de-France, está a 30 km
de distância de Paris. O nome vem do Rio Oise, que atravessa a cidade. É
internacionalmente conhecida por ser o refúgio de pintores impressionistas,
como Cézanne, Pissaro, Daubigny e, naturalmente, Van Gogh.
|
O painel descreve uma resumida biografia de Van Gogh |
Nesta
pequena cidade, Van Gogh pintou suas últimas telas, durante cerca de setenta
dias, falecendo em 29/07/1890, depois de ter atentado contra a própria vida,
com um tiro de revólver contra o peito.
Foi sepultado no cemitério desta cidade, junto a seu irmão Theo, que foi
enterrado ao seu lado posteriormente.
|
Na estrada, rumo à Auvers-sur-Oise |
Fomos
de carro até esta encantadora cidade, saindo de Paris, seguindo a A15, em
direção a Cergy-Pontoise, após, seguimos pela A115 em direção a Amiens-Beauvais,
depois Méry-Auvers-sur-Oise.
|
Chegada a Auvers-sur-Oise |
É
uma cidade calma e acolhedora. De posse do mapa fornecido na Office du
Tourisme, caminhamos para conhecer alguns dos monumentos históricos de
Auvers-sur-Oise.
A
Pousada Ravoux é conhecida como a casa de Vang Gogh, onde se hospedou no ano de
1890. O pintor ocupava um pequeno quarto no sótão iluminado por uma claraboia.
A antiga pousada foi restaurada, de modo a conservar o estilo Belle Époque.
|
Na Pousada Ravoux, Van Gogh viveu os seus últimos dias |
Nela
atualmente funciona um restaurante com gastronomia do Século XIX, onde Van Gogh
fazia suas refeições, e um museu voltado à memória do pintor holandês, que tem como
pontos altos o pequeno quarto no sótão, o quarto nº 5, localizado no 2º andar,
onde o pintor faleceu. O museu é privado e é cobrado ingresso para a visitação,
durante a qual está incluído um filme sobre a passagem do pintor por
Auvers-sur-Oise.
|
Na entrada, a mesa com o vinho cenográfico remete aos tempos de funcionamento da Pousada Ravoux |
Como
não é permitido fotografar o quarto de Van Gogh, forneci o meu e-mail, para que
o museu enviasse as fotos oficiais naquele dia.
|
À esquerda, vemos o quarto de Van Gogh mobiliado apenas com uma cadeira, recebendo do alto a luz da claraboia, comum aos sótãos |
|
Na loja do museu são vendidos livros e objetos relacionados a Van Gogh |
|
A mesa posta, como nos tempos de Van Gogh. Na caixa, o kit para degustar o absinto |
|
Livros, CDs e outros artigos relacionados com Van Gogh |
|
Assistimos ao filme sobre a passagem de Van Gogh por Auvers-sur-Oise |
A
Igreja de Nossa Senhora da Assunção, erguida entre os Séculos XII e XIII, foi
retratada por Van Gogh, cuja tela está no Museu d’Orsay.
|
A tela de Van Gogh retrata a Igreja de Nossa Senhora da Assunção |
|
O interior da Igreja de Nossa Senhora da Assunção |
Vimos a Casa do Doutor Gachet, na Rue du Docteur Gachet, um médico e colecionar de arte
que era amigo de Van Gogh, retratado pelo pintor em várias telas. Esta moradia
foi restaurada e está aberta ao público para visitação.
|
A casa do Dr. Gachet, seu médico e amigo |
|
A reprodução do quadro de Van Gogh retratando o Dr. Gachet |
O
Hôtel de Ville, a Câmara Municipal de Auvers-sur-Oise, situa-se em frente à
Pousada Ravoux.
|
O Hôtel de Ville de Auvers-sur-Oise |
|
O Hôtel de Ville na visão de Van Gogh |
No
Parque Van Gogh, situado na Rue du General de Gaulle, está a estátua de Van
Gogh, numa representação simbólica e psicológica do pintor, pelo artista
escultor Ossip Zadkine. No meu ponto de vista, parece-me um tanto simbólica
demais...
|
Van Gogh na visão do artista Ossip Zadkine |
O
Castelo de Leyrith, mais conhecido como o castelo de Auvers-sur-Oise, na Rue de
Lery, foi construído em 1683 para um banqueiro italiano, sendo ampliado no
Século XVIII. Ao redor do castelo existe um belo parque, que abriga um Ninfeu (na
Grécia e em Roma era um antigo santuário consagrado às ninfas), uma gruta
artificial, que revela uma decoração muito em voga no Século XVIII.
|
Vista parcial do Castelo de Auvers-sur-Oise |
|
O jardim do castelo, no estilo do Século XVII. Vemos os efeitos da seca sobre a região, que prejudicou a vitalidade das plantas do jardim |
O
castelo propõe ao visitante um percurso cenográfico chamado Viagem ao Tempo dos
Impressionistas, isto é, nele observamos a inserção deste movimento dentro da
sociedade parisiense do Século XIX.
|
Entramos na atmosfera da Paris Haussmann, com seus cafés e cabarés |
|
O nascimento do Impressionismo em imagens e textos |
|
Cenário de uma casa em Paris na década de 1870 |
|
O mundo das cortesãs e dos bordéis escondido por detrás das portas |
|
A luxuosa vida social em contraponto à pobreza dos trabalhadores |
|
O mundo do palco e a agitação dos cafés de Paris |
|
Tempo de lazer: as viagens de trem seduzem os impressionistas |
|
A bordo do trem, a tela em movimento cria a ilusão de uma viagem pelas técnicas da pintura |
|
Os viajantes descem: a atmosfera de praia, com barcos, banhistas e pescadores em meio às telas projetadas de Renoir |
|
Monet soube explorar as facetas do elemento líquido na pintura: rios, lagos e mares... |
A nossa próxima visita foi ao cemitério,
localizado ao norte da cidade.
|
A entrada do pequeno Cemitério de Auvers-sur-Oise |
Junto
ao muro estão os túmulos de Van Gogh e de seu irmão Theo, cobertos por heras.
Há túmulos de outros pintores, escultores e artistas neste cemitério, cujos
túmulos ainda podem ser encontrados.
|
A simplicidade dos túmulos de Vincent e do irmão Theo os tornam ainda mais grandiosos |
Ao
redor do cemitério vemos campos de trigo, mas já havia sido feita a colheita.
Nesta região Van Gogh pintou o famoso quadro Campo de Trigo com Corvos em 1890.
|
Campo de trigo, onde a colheita já havia sido feita |
|
Campo de Trigo com Corvos - 1890 |
A
nossa visita durou cerca de cinco horas, incluindo-se o tempo de viagem. Após, retornarmos
à Paris.
Nenhum comentário:
Postar um comentário