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No Centro Histórico de Santilhana del Mar |
Santilhana
situa-se na Província e Comunidade Autônoma da Cantábria. É considerada uma das
aldeias mais bonitas da Espanha. É um município e também uma vila contendo valor histórico. Apesar do nome, a vila é conhecida como a vila das três
mentiras: não é santa, nem plana e nem tem mar (somente o município tem mar)...
Nas imediações de Santilhana, encontra-se a caverna de Altamira, que foi declarada
Patrimônio da Humanidade.
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A atmosfera medieval envolve a vila de Santilhana del Mar |
Antes
de nos envolvermos com a caverna pré-histórica de Altamira, tivemos tempo para
conhecer a vila medieval. As ruas possuem calçamento de pedras e as
casas são feitas deste mesmo material.
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Um esplêndido balcão florido |
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As balaustradas das sacadas, tipicamente espanholas |
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O enxaimel das casas, tão conhecido por nós do sul do Brasil, mas na versão espanhola |
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No andar de cima da casa de pedra, o cômodo construído com a técnica enxaimel utilizando tijolos na disposição oblíqua produzem um belo efeito |
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Sacadas floridas tornam ainda mais cativante a vila de Santilhana del Mar |
A
Caverna de Altamira, na verdade, um complexo de cavernas, encerra elementos
pictóricos da pré-história dos mais importantes já encontrados pelos cientistas.
Graças a uma enorme pedra que caiu por volta de 11.000 a. C. em sua entrada, a
caverna, com suas valiosas pinturas rupestres, pôde ser preservada. Ela foi
descoberta por um caçador, que tentava livrar o seu cão que havia ficado preso por
entre as rochas. Como as cavernas eram comuns, o fato não teve maior
repercussão.
Cerca
de sete anos depois, um estudioso em paleontologia conheceu a caverna através
do caçador, visitando-a, mas não achando nela nada de valor. Somente quatro
anos depois, o estudioso voltou à caverna, acompanhado da filha de oito anos.
Esta fez as descobertas das pinturas rupestres. Embora tenha publicado um
trabalho sobre o assunto, este não foi aceito pelos cientistas franceses, que
eram os maiores conhecedores em estudos pré-históricos e paleontológicos da
Europa. O problema é que a descoberta era tão surpreendente, que gerou
desconfianças e interpretações diversas. Somente anos mais tarde foi comprovada
a sua autenticidade. Nas pinturas foram utilizadas as cores pretas, vermelhas e
ocres representando animais, figuras antropomórficas e desenhos abstratos. A
época das pinturas retroage, segundo alguns especialistas, ao ano de 32.000 a.
C.
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A entrada do Museu de Altamira |
Visitamos
o Museu Nacional e Centro de Investigação de Altamira, onde observamos a
reprodução das pinturas rupestres existentes nas cavernas reais. A visitação a estas cavernas permanece restrita a pessoas previamente escolhidas, com o intuito de sua preservação.
Assim sendo, foi criada a Neocueva ou Neocaverna, que é uma reconstituição da
cova de Altamira há cerca de 15.000 anos, no período do
Paleolítico Superior. Ela ocupa uma das
salas de exposição do Museu. Neste acesso não é permitido fotografar ou filmar,
o que de certa forma frustra as nossas expectativas. Então, é preciso guardar as
imagens na memória e, depois, comprar um material expositivo na loja do Museu.
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Uma exposição temporária dedicada ao filme Altamira, rodado em 2014. A película relata a história da descoberta da caverna, sendo estrelada por Antonio Banderas. A exposição deverá permanecer até outubro do ano desta postagem |
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O painel fornece informações sobre a caverna de Altamira e a arte rupestre no norte da Espanha |
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Reproduções das pinturas encontradas na caverna |
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A exposição apresenta as atividades realizadas pelos habitantes pré-históricos de Altamira |
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A evolução da humanidade ao longo das eras |
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Uma interessante linha de tempo até a ocupação de Altamira |
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Foto oficial obtida através do Site do Museu de Altamira apresentando uma parte do caminho percorrido pelos visitantes através da Neocaverna |
Na
sequência, voltamos ao Centro Histórico para almoçar e repor as energias de um
dia, que começou desde muito cedo.
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Almoço no Restaurante Condé Santilhana |
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Risoto com frutos do mar |
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Arroz Doce: uma sobremesa que pedíamos com frequencia tanto em Portugal quanto na Espanha |
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Vinho da região de Castilla-La Mancha, que conhecemos de outras viagens |
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Hora de provar e levar os produtos da região |
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