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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Espanha - Santilhana del Mar


No Centro Histórico de Santilhana del Mar

Santilhana situa-se na Província e Comunidade Autônoma da Cantábria. É considerada uma das aldeias mais bonitas da Espanha. É um município e também uma vila contendo valor histórico. Apesar do nome, a vila é conhecida como a vila das três mentiras: não é santa, nem plana e nem tem mar (somente o município tem mar)... Nas imediações de Santilhana, encontra-se a caverna de Altamira, que foi declarada Patrimônio da Humanidade. 


A atmosfera medieval envolve a vila de Santilhana del Mar

Antes de nos envolvermos com a caverna pré-histórica de Altamira, tivemos tempo para conhecer a vila medieval. As ruas possuem calçamento de pedras e as casas são feitas deste mesmo material.


Um esplêndido balcão florido

As balaustradas das sacadas, tipicamente espanholas

O enxaimel das casas, tão conhecido por nós do sul do Brasil, mas na versão espanhola

No andar de cima da casa de pedra, o cômodo construído com a técnica enxaimel utilizando tijolos na disposição oblíqua produzem um belo efeito

Sacadas floridas tornam ainda mais cativante a vila de Santilhana del Mar

A Caverna de Altamira, na verdade, um complexo de cavernas, encerra elementos pictóricos da pré-história dos mais importantes já encontrados pelos cientistas. Graças a uma enorme pedra que caiu por volta de 11.000 a. C. em sua entrada, a caverna, com suas valiosas pinturas rupestres, pôde ser preservada. Ela foi descoberta por um caçador, que tentava livrar o seu cão que havia ficado preso por entre as rochas. Como as cavernas eram comuns, o fato não teve maior repercussão.

Cerca de sete anos depois, um estudioso em paleontologia conheceu a caverna através do caçador, visitando-a, mas não achando nela nada de valor. Somente quatro anos depois, o estudioso voltou à caverna, acompanhado da filha de oito anos. Esta fez as descobertas das pinturas rupestres. Embora tenha publicado um trabalho sobre o assunto, este não foi aceito pelos cientistas franceses, que eram os maiores conhecedores em estudos pré-históricos e paleontológicos da Europa. O problema é que a descoberta era tão surpreendente, que gerou desconfianças e interpretações diversas. Somente anos mais tarde foi comprovada a sua autenticidade. Nas pinturas foram utilizadas as cores pretas, vermelhas e ocres representando animais, figuras antropomórficas e desenhos abstratos. A época das pinturas retroage, segundo alguns especialistas, ao ano de 32.000 a. C.


A entrada do Museu de Altamira

Visitamos o Museu Nacional e Centro de Investigação de Altamira, onde observamos a reprodução das pinturas rupestres existentes nas cavernas reais. A visitação a estas cavernas permanece restrita a pessoas previamente escolhidas, com o intuito de sua preservação. Assim sendo, foi criada a Neocueva ou Neocaverna, que é uma reconstituição da cova de Altamira há cerca de 15.000 anos, no período do Paleolítico Superior.  Ela ocupa uma das salas de exposição do Museu. Neste acesso não é permitido fotografar ou filmar, o que de certa forma frustra as nossas expectativas. Então, é preciso guardar as imagens na memória e, depois, comprar um material expositivo na loja do Museu.


Uma exposição temporária dedicada ao filme Altamira, rodado em 2014. A película relata a história da descoberta da caverna, sendo estrelada por Antonio Banderas. A exposição deverá permanecer até outubro do ano desta postagem

O painel fornece informações sobre a caverna de Altamira e a arte rupestre no norte da Espanha

Reproduções das pinturas encontradas na caverna

A exposição apresenta as atividades realizadas pelos habitantes pré-históricos de Altamira

A evolução da humanidade ao longo das eras

Uma interessante linha de tempo até a ocupação de Altamira

Foto oficial obtida através do Site do Museu de Altamira apresentando uma parte do caminho percorrido pelos visitantes através da Neocaverna

Na sequência, voltamos ao Centro Histórico para almoçar e repor as energias de um dia, que começou desde muito cedo. 


Almoço no Restaurante Condé Santilhana

Risoto com frutos do mar

Arroz Doce: uma sobremesa que pedíamos com frequencia tanto em Portugal quanto na Espanha

Vinho da região de Castilla-La Mancha, que conhecemos de outras viagens

Hora de provar e levar os produtos da região


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