Seguimos viagem em direção ao norte da França, rumo à cidade de Éperlecques, onde visitaríamos um de seus monumentos históricos: o maior Bunker do norte da França, situado no bosque da região, que possui 850 hectares. O Bunker foi construído durante a II Guerra Mundial, e foi programado para o lançamento dos foguetes V2, com a intenção de destruir a cidade de Londres. No final de 1942, Hitler mandou construir no norte da França uma casamata para o lançamento destes foguetes. O concreto usado para construir o Bunker pesa 130.000 toneladas, tendo 35 m de largura, 75 m de comprimento e 22 metros de altura. A espessura das paredes chega a 5 metros. O Bunker foi bombardeado pelos aliados que o tornaram inoperante e, posteriormente, tornou-se uma atração turística local.
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Bunker de Éperlecques (no alto, vemos orifícios de onde eram arremessados os foguetes) |
Saímos de Paris pela A1, seguindo a direção de Seulis e Arras na Picardia, uma região onde predominam as agroindústrias. Depois, seguimos pela A26, atravessando a região de Pas-de-Calais, passando por St. Omer e, em seguida, chegando a Éperlecques. Esta pequena cidade tem o seu turismo baseado no famoso Bunker. A visita guiada ao mesmo incluiu uma narração da história do Bunker em espanhol. No local, havia um grupo de turistas alemães que recebiam as informações em sua língua. A narrativa dramática incluiu sons de bombardeios, que não deixaram de ser impressionantes. Percorremos o lado externo, sem deixar de perceber os orifícios por onde sairiam os foguetes e o efeito devastador do bombardeio, demonstrado pelo concreto e ferros retorcidos. Depois, passamos ao interior do Bunker, onde seriam apresentadas numa grande tela as imagens relativas à história do local. Soubemos que muitos prisioneiros de guerra de diversas nacionalidades, como belgas, holandeses, italianos, poloneses, russos e tchecos trabalharam na construção do Bunker em regime de escravidão.
Uma réplica do foguete V2 |
No interior do Bunker, há uma réplica gigantesca de um foguete V2. Embora a visita possa parecer deprimente, a mensagem de tudo isto sugere que a história não deve ser esquecida, servindo de advertência àqueles que pretendam repeti-la. No local, permanecem caminhões, tanques, canhões, carros da época, jipes e um pequeno avião.
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