 |
Amsterdã reflete-se nos canais |
A maior cidade dos Países Baixos foi fundada, segundo a lenda, por dois pescadores da Frísia, que foram parar às margens do rio Amstel. Assim, Amsterdã teve seu início como um povoado de pescadores. A palavra Amsterdam significa dique (dam) do rio Amstel. Este rio movimentado, por sua vez, significa “ame” (água) e “stelle” (terra seca). No século XVII, foram elaborados e construídos os famosos canais de semicírculos e concêntricos, ligados por charmosas pontes. Amsterdã está dividida em 15 bairros ou stadsdelen, possuindo 160 canais e 1.000 pontes.
 |
Manhã luminosa em Amsterdã |
Situada na confluência dos rios Amstel e Ij, em terras abaixo do nível do mar, a cidade abriga um anel de canais e talvez seja exatamente isto que a torne tão cativante. Alguns a chamam de A Veneza do Norte, mas, identidades à parte, Amsterdã tem suas feições bem delineadas. Esta Capital adaptou as tendências internacionais às suas próprias características. Nela, convivem estilos e épocas, o velho e o novo, o convencional e o inusitado. É densamente habitada, mas é silenciosa e sem poluição. O barulho passa a ser o das bicicletas, dos barcos nos canais, o que vem das casas, das pessoas...
As casas coloridas, algumas com sacadas floridas, e os pequenos prédios estreitos enfileiram-se pelos canais, cortados por encantadoras pontes, servindo às vezes de apoio às bicicletas. As construções exibem seus típicos florões, como o renascentista holandês, o em forma de concha, de sino, em degraus, ou então as cornijas, mais elaboradas, que se difundiram a partir de 1690. Por causa do tamanho dos terrenos e da instabilidade do solo, quase todas têm do mesmo tamanho e são construídas com tijolos leves. As de madeiras são raras, porque no passado havia o grave problema dos incêndios. As amplas janelas também diminuem o custo da construção. Não devem ser esquecidas as inúmeras casas-flutuantes, ancoradas ao longo dos canais e que passaram a ter seu número limitado.
 |
Passeio de barco pelos canais: a dura vida dos turistas |
De volta à Amsterdã! Considero-a uma cidade complexa. A complexidade se exterioriza na riqueza dos detalhes que envolvem a arquitetura, a história, as artes e o modo de ser e de pensar dos holandeses... Na chegada, fizemos um passeio de barco pelos canais, chamado este de Amstel Diamant. Foi um cruzeiro bem animado! Ainda contando com a luz solar, apesar de estarmos no começo da noite, a visão da cidade através do rio Amstel foi grandiosa, ensolarada e rica em detalhes. Vinhos e queijos nos aguardavam como acompanhamentos. Ao longo do rio, podemos apreciar de outro ângulo as casas dos séculos XVI e XVII, as casas-barco, as grandes janelas, as ruas ao longo do rio, as pessoas caminhando, pedalando ou simplesmente sentadas aproveitando o momento que passa, os prédios históricos, alguns monumentais, museus incríveis, não faltando o único restaurante de comida chinesa flutuante da Europa, o Sea Palace, que é belíssimo à noite...
 |
Vivendo com estilo: as casas-barco são muito disputadas |
No dia seguinte, fizemos um tour pela cidade, primeiramente percorrendo as ruas, os parques, atravessando as pontes sobre os canais, vislumbrando novamente as fachadas das casas dos canais com os frontões e cornijas característicos, os edifícios administrativos, as casas-barco, o Oude Zijde (Lado Velho), onde está a Prefeitura, o Nieuwe Zidje (Lado Novo), onde está a Praça Dam e a igreja Nieuwe Kerk, o Anel de Canais (Grachtengordel), onde se encontram o bairro de Jordaan, o Museu de Anne Frank e a Magere Brug, a ponte levadiça mais conhecida de Amsterdã. Uma chegada numa fábrica de diamantes, perto do Museu Van Gogh, é um programa clássico em Amsterdã. Depois, percorremos o bairro dos Museus, especialmente o Rijksmuseum e o Van Gogh Museum. Fora do centro, o Science Center Nemo, com a forma de um navio. Uma parada no Mercado de Flores, o Bloemenmarkt, onde inúmeras bancas vendem uma infinidade de plantas, bulbos, enfeites para jardins, suvenires... Perto dali, quem sabe uma chegada numa casa de queijos e garantir um autêntico Gouda, ou encontrar algum enfeite de Natal que lembre a Holanda na Noite Feliz... Os pequenos detalhes, que não faltam na agenda de viagem.
 |
No letreiro I Amsterdam, Fernanda sentada no "D", em frente ao Rijksmuseum
|
 |
Coroamento na Coster Diamonds (réplica da coroa real da Grã-Bretanha; a original está na Torre de Londres) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário