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sábado, 23 de março de 2013

Holanda - Delft


O Coração Azul de Delft

Situa-se a cerca de 10 km de Haia e a 18 km de Rotterdam. Delft é famosa pelas fábricas de faiança, que influenciou a cerâmica europeia. A louça veio originalmente da maiólica (faiança italiana do Renascimento), que foi trazida por imigrantes italianos no século XVI, os quais decoravam as paredes com azulejos pintados com motivos holandeses e pássaros. Mais tarde, a louça sofreu influência da porcelana chinesa, sendo a mais rústica deixada de lado. O apogeu da indústria da porcelana ocorreu entre os séculos XVII e XVIII. Os objetos de porcelanas são mundialmente conhecidos como Delft Blue, em azul e branco, mas evidentemente que são empregadas outras cores na elaboração. Na chegada ao centro de Delft, encontramos um imenso coração azul. Embora ele não seja de porcelana, este coração azul, Het Blauwe Hart, de Marcel Smink, é irresistível. Ele é azul, porque é responsável por bombear o nobre sangue azul da realeza da Holanda...


A torre gótica da Nieuwe Kerk

O centro de Delft, após a grande explosão do arsenal nacional em 1654, foi na maior parte reconstruído e conserva até hoje a arquitetura vigorante neste século. A cidade é também famosa por ser o lugar onde Guilherme de Orange, o pai dos holandeses, foi morto e sepultado. O seu mausoléu se encontra na igreja Nieuwe Kerk, cuja torre gótica mede 100 metros de altura e que chama a atenção pela desproporção desta com os demais elementos do prédio. Na Oude Kerk, está sepultado o segundo mais famoso pintor barroco holandês, Johannes Vermeer (o primeiro é Rembrandt), que nasceu e viveu nesta cidade. Perto desta igreja, está o museu Stedelijk, local onde Guilherme de Orange foi assassinado. A Prefeitura, Stadhuis, em estilo renascentista, é um dos prédios mais bonitos da cidade e que se localiza no Markt, perto da Nieuwe Kerk.


Detalhe da fachada da Prefeitura de Delft


Saímos de Amsterdã, em direção ao sul, pela A4, rumo à cidade de Delft. Como ainda era cedo, a cidade estava apenas acordando, quando chegamos. A primeira coisa que se enxerga no centro histórico é a torre da igreja, que se sobressai invencivelmente sobre os demais prédios da praça do mercado, onde, aliás, havia uma feira em funcionamento àquela hora. O prédio da Prefeitura da época da Renascença é realmente admirável. Mais adiante, de ambos os lados de um dos canais que cortam a cidade, acontecia uma feira de antiguidades, um bom local para se garimpar objetos antigos interessantes. As lojas mal começavam a abrir e, é claro, as mais importantes para nós eram as que vendiam as autênticas porcelanas Delft. Depois de algumas compras, fizemos uma pausa numa cafeteria, para espantar o sono tomando um aromático café.

Quem resiste às porcelanas Delft Blue?




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