Mensagem

Os artigos e fotos veiculados neste blog podem ser utilizados pelos interessados, desde que citada a fonte: GÖLLER, Lisete. [inclua o título da postagem], Mil e Um Horizontes (https://mileumhorizontes.blogspot.com.br/), nos termos da Lei n.º 9.610/98.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Rússia - São Petersburgo


O Arco de Moscou situado na Av. Moscou em São Petersburgo

A Cidade Federal de São Petersburgo foi fundada por Pedro, o Grande, em 27/05/1703, durante a Grande Guerra do Norte, quando este conquistou a cidade de Nyenskans, que era governada pelos suecos desde 1611. Passados poucos anos, a cidade com novo nome se tornou a capital do Império Russo até 1918, quando Moscou assumiu esta posição definitiva. Mesmo assim, ela ainda é considerada a capital cultural da Rússia, assim como a cidade mais ocidentalizada do país. Geograficamente, São Petersburgo localiza-se às margens do Rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia, formado pelo Mar Báltico, formada por um total de 40 ilhas interligadas por pontes. 


A elegante Ponte Anitchkov sobre o Rio Fontanka, afluente do Rio Neva, em São Petersburgo

A história de São Petersburgo é revelada através da observação de sua arquitetura, palácios e museus. Quanto à origem da cidade, esta pode ser compreendida através da visita à Fortaleza de São Pedro e São Paulo, que foi construída por determinação de Pedro, o Grande, na forma hexagonal, na Ilha de Zayachy (tradução literal: Ilha de Lebres), no Rio Neva, com a finalidade de proteção aos ataques dos suecos, que dominavam a região, durante a Grande Guerra do Norte. A data do início da construção coincide com a da fundação da cidade: 27/05/1703. A fortaleza também foi usada como prisão política por vários anos.


Visita à Fortaleza de São Pedro e São Paulo

Prédio da Casa da Moeda Russa dentro dos limites da Fortaleza

O prédio da Casa do Comandante

A Catedral de São Pedro e São Paulo

A atração maior é a Catedral de São Pedro e São Paulo, onde foram sepultados todos os imperadores russos, incluindo-se Pedro, o Grande. Construída entre 1712 e 1732, a Catedral de São Pedro e São Paulo é uma igreja ortodoxa russa, sobre cujo pináculo da torre foi colocado um anjo, que é o símbolo de São Petersburgo. A ponta da torre em forma de agulha atraiu raios que a incendiaram em 1756, mas foi reconstruída por ordem de Catarina, a Grande. Nesta época, foram comprados os sinos de uma empresa da Holanda, para que tocasse de hora em hora o hino em homenagem ao czar.


No interior da Catedral de São Pedro e São Paulo

Detalhe dos Portões Reais

Detalhe do belíssimo teto da Catedral de São Pedro e São Paulo

O sarcófago do czar e primeiro imperador da Rússia, Pedro I ou Pedro, o Grande, o fundador de São Petersburgo, filho de Aleixo da Rússia e Natália Naryshkina, está numa das capelas da catedral, protegido por um gradil e apresenta o seu busto junto ao mesmo

Túmulos de Alexandre II da Rússia, filho de Nicolau I e Carlota de Prússia, e da esposa Maria Alexandrovna, nome adotado devido à sua conversão à Igreja Ortodoxa, sendo ela princesa Maria de Hesse e Reno, filha de Luís II, Grão-Duque de Hesse e Reno e Guilhermina de Baden

Túmulo e foto de Maria Feodorovna, princesa Dagmar da Dinamarca, filha de Christiano IX da Dinamarca e Luísa de Hesse-Cassel, sendo aquela esposa do Imperador Alexandre III da Rússia, filho de Alexandre II e Maria Alexandrovna. Maria Feodorovna era a mãe de Nicolau II, o último imperador da Rússia

Túmulo de Nicolau II, o último imperador da Rússia, situado dentro da Capela de Santa Catarina

Dentro da fortaleza há ainda o Mausoléu do Grão-Ducado, Museu Histórico de São Petersburgo e o Museu de Espaço e Tecnologia de Mísseis. Para vermos estas atrações todas, temos que comprar ingressos, mas, para só ver a fortaleza, é grátis.


O prédio do Mausoléu dos Grã-Duques da Rússia

Visitar o Museu Hermitage é uma oportunidade sem igual em São Petersburgo de conhecer um acervo fantástico (3 milhões de itens), que engloba estilos, épocas e culturas relativos à própria Rússia, à Europa, ao oriente e ao norte da África. O museu é composto por dez prédios situados ao longo do Rio Neva, sobressaindo-se o Palácio de Inverno, que foi a residência oficial dos czares da Rússia até o final da monarquia. A primeira aquisição foi feita por Catarina, a Grande, segunda mulher de Pedro I, uma coleção de 225 pinturas alemãs e flamengas de um negociante de Berlim.


Os prédios que formam o complexo do Museu Hermitage vistos desde o Rio Neva

Os principais prédios são: o Palácio Menshikov, em estilo barroco, exibindo peças da cultura russa; o Pequeno Hermitage, formado pela união de três pavilhões reunidos em épocas diferentes, com estilos que abrangem o barroco, o neoclássico e o eclético, reunindo obras de arte que deram início às coleções imperiais; o Grande Hermitage constitui-se de um palácio em estilo neoclássico, construído entre 1771 e 1787; o Teatro do Hermitage, construído entre 1783 e 1878, restaurado na atualidade para que voltassem a abrigar apresentações artísticas; o Novo Hermitage, erguido entre os anos de 1842 e 1851, no estilo eclético, abriga obras de arte, e o Palácio do Estado Maior, erigido entre 1820 e 1827, apresenta na fachada um arco do triunfo, encimado por uma carruagem com seis cavalos e algumas estátuas alegóricas. Apenas a ala leste do mesmo pertence ao museu.


Detalhe da fachada do Palácio do Estado Maior

O Palácio de Inverno é o prédio mais importante e grandioso do museu sendo construído pela Imperatriz Ana da Rússia, depois reformulado pela Imperatriz Elisabeth, que não o achou suficientemente adequado, perdurando a obra até o reinado de Catarina, a Grande. No estilo barroco, foi concebido para colocar São Petersburgo na vanguarda das capitais européias. 


O Vestíbulo e a Escada Monumental do Palácio de Inverno do Museu Hermitage

O palácio possui algumas centenas de aposentos e salas, entre as quais as mais importantes são a Sala do Trono, o Teatro, a Igreja e o Vestíbulo. Como não é permitido usar flash para fotografar, a maior parte das fotos da visita ficou de certa forma comprometida. 


Detalhe do Grande Salão do Trono, com o retrato de Pedro, o Grande e Catarina I

O Salão Armorial

A Galeria Militar

Durante o reinado de Nicolau I, o museu sofreu um incêndio que quase o destruiu totalmente. Foi feita então a sua reconstrução, com quase fidelidade total aos projetos iniciais. Depois disso, o acervo voltou a crescer com novas aquisições, tornando-se um museu com uma das melhores coleções, ao longo dos reinados seguintes de Alexandre II, Alexandre III e Nicolau II, sendo que este último transferiu a residência imperial para o chamado Palácio de Catarina, na cidade de Pushkin.

Os tempos ficaram difíceis durante a Revolução Russa, pois boa parte do acervo foi desviada para museus de Moscou e outras cidades, com a intenção de descentralizar a arte no país, assim como ocorreu a venda de uma parte importante das obras, que serviu para angariar recursos para o Estado. Durante a Segunda Guerra, a maior parte das obras foi retirada às pressas, sendo que algumas bombas conseguiram atingir o palácio causando-lhe sérios danos. Com o fim da guerra, o museu recuperou-se e hoje é um dos melhores do mundo. 

Alguns registros fotográficos feitos durante a visita a São Petersburgo.


A Casa do Sovietes, tendo à frente a estátua de Lenin

O Teatro Alexandrinsky

O lindo prédio da Empresa Fontanka

Vista da Praça Ostrovsky

Monumento de Catarina II da Rússia, ou Catarina, a Grande na Praça Ostrovsky

Na Catedral de Santo Isaac casaram-se Pedro I da Rússia e Catarina I da Rússia

Estátua de Nicolau I na Praça de Santo Isaac

O Palácio Mariinsky, onde funciona a Assembléia Legislativa de São Petersburgo

Estátua de Pedro, o Grande

Um dos ícones de São Petersburgo é a Catedral do Sangue Derramado, situada junto ao canal Griboedov. Este nome lhe foi dado, porque no local foi assassinado Alexandre II da Rússia, no dia 13/03/1881 (que equivale ao dia 01/03/1881 no nosso calendário). O seu filho decidiu criar ali uma igreja, que levou 24 anos para ser acabada, lá no reinado de Nicolau II. O local exato do assassinato corresponde ao Santuário no interior da catedral. Nele estão guardadas as relíquias do Alexandre II do dia fatídico. 


A magnífica Catedral do Sangue Derramado, atualmente em obras de restauração

No chamado ‘estilo russo’, a igreja foi construída em tijolos vermelhos e castanhos, com paredes revestidas com materiais de diversas cores, possuindo cinco cúpulas centrais, feitas de cobre e cobertas por esmaltes coloridos, cúpulas menores sobre as absides e a do campanário, que são douradas. O interior da igreja é belíssimo, com seus mosaicos absolutamente fantásticos. Na verdade, a igreja foi construída como um memorial para Alexandre II, não sendo usada como um templo propriamente. No prédio funcionou uma sala de concertos, um museu e até um teatro. Na época soviética, chegou a ser demolida por várias vezes. A partir de 1997, com a reforma que lhe restituiu o esplendor, foi aberto ao público e atualmente funciona como um museu.

Na despedida, um passeio de barco pelo Rio Neva e os canais em São Petersburgo.


Fernanda, tendo ao fundo, a Fortaleza de São Pedro e São Paulo

A bela Ponte Panteleymonovsky sobre o Rio Fontanka, afluente do Rio Neva

Um dos barcos restaurantes de São Petersburgo: o Veleiro Holandês Voador

Na despedida, o pôr-do-sol de São Petersburgo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário