O Canal de Corinto |
Esta
cidade do Peloponeso, situada no istmo de Corinto, segundo a mitologia foi
fundada por Corintos, filho de Zeus. A antiga Corinto foi uma cidade-estado
muito desenvolvida na Antiguidade, conhecida como um importante porto comercial.
A antiga cidade foi destruída e saqueada pelos romanos em 146 a. C., mas em 44
a. C. foi reconstruída, para se tornar uma cidade romana, chegando a ser a
capital da Grécia romana. Nos séculos seguintes, sofreu várias invasões e
destruições, foi tomada pelos turcos em 1458, pelos Cavaleiros de Malta em 1612
(ordem militar formada durante as Cruzadas), pelos venezianos até 1715, até que
caiu novamente no domínio otomano. Somente em 1822, com a independência da
Grécia, a cidade voltou a fazer parte do país. Na atualidade, é a cidade mais
povoada do Peloponeso.
Detalhe do Canal, visto a 40 metros de altura |
Saímos
de Atenas para um dia completo de passeios. A primeira cidade a ser visitada
foi Corinto, importante pelo sítio arqueológico e pelo Canal. Percorrendo a
estrada, chegamos ao Estreito de Corinto, para conhecer uma das imagens mais
impressionantes da nossa viagem. O Canal de Corinto foi escavado sobre a rocha
do istmo no final do século XVII. Por ele passam os barcos pequenos,
principalmente os turísticos. Possui 6,3 km de comprimento por 40 metros de
altura, além de 25 metros de largura e 7 a 8 m de profundidade. Ele une os
mares Egeu e Jônico.
A nossa guia local esclareceu que, nos primórdios da
existência desta passagem, o que existia mesmo era uma rua pavimentada, através
da qual eram puxados os barcos de um lado para outro, para descarregar ou
carregar mercadorias. Desta forma, a cidade ganhava com os pedágios dos barcos
que por ali passavam. Quando surgiu a ideia de construir um canal propriamente
dito, não faltaram maldições contra aqueles que se atrevessem a construí-lo, o
que surtiu efeito em determinados casos... Assim, o canal ficou incompleto até
o ano de 1891, sendo terminado somente no ano de 1893. Com o passar do tempo, o
canal ficou estreito demais para os barcos maiores. Embora cortasse o caminho
por terra em 780 km, restou inútil, servindo apenas para pequenos navios e
iates turísticos.
As
ruínas de Corinto hoje existentes são todas praticamente da época romana. O
templo dórico de Apolo é o mais importante monumento grego de Corinto, do qual
restam algumas colunas imensas e as arquitraves. A poucos quilômetros dali, na
acrópole de Corinto (o lugar mais alto), ficava a fortaleza de Acrocorinto. Lá
existia o templo de Afrodite, onde viviam as mil sacerdotisas que desciam até a
cidade para praticar prostituição religiosa.
Vale o passeio para conhecer o canal famoso...
ResponderExcluir