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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Polônia - Auschwitz II - Birkenau


Chegada a Oświęcim, ou Auschwitz em alemão, com destino a Auschwotz II-Birkenau

Auschwitz era o nome de uma rede de campos de concentração na Polônia, que foram implantados pela Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. O nome em alemão Auschwitz foi dado à cidade de Oświęcim, no sul da Polônia, a 60 km de Cracóvia, a região da Pequena Polônia. O complexo consistia de Auschwitz I, composto pelo campo principal e o centro administrativo, Auschwitz II-Birkenau, o campo de extermínio, e Auschwitz III-Monowitz, um campo de trabalhos forçados, além de outros campos satélites, que somavam 48 campos na sua totalidade. Na entrada de Auschwitz I, no portão principal, onde está escrita a cínica frase ‘Arbeit macht frei’ ou ‘O trabalho liberta’, um sentimento de tristeza e indignação assalta a mente dos visitantes, porque, para milhões de pessoas, uns dizem que chegou a três milhões, representou o portal de um caminho sem volta. Entre 1941 e 1944, poloneses, prisioneiros soviéticos, ciganos romenos, judeus e pessoas das mais diversas nacionalidades, quando não morriam nas câmaras de gás, pereciam pelas doenças, fome, execuções, trabalhos forçados, ou participavam de ‘experiências’ médicas, uma forma de tortura absolutamente diabólica.


O principal edifício de vigia onde se encontra a porta do campo de Auschwitz II-Birkenau

A porta principal, onde vemos abaixo os trilhos do trem que era usado no transporte de deportados a partir de 1944, pois antes os comboios paravam no lado de fora deste campo

Estes trilhos eram percorridos pelos vagões que transportavam os prisioneiros para o campo de concentração

Nossa visita foi direcionada a Auschwitz II-Birkenau, o campo de extermínio que fez mais vítimas. Birkenau vem do nome de uma pequena vila chamada Brzezinka, que foi destruída para dar lugar ao campo de concentração.


Na entrada há um painel com o mapa do campo de concentração

Para lá seguiam os trens procedentes de toda a Europa repletos de prisioneiros. Todos eram obrigados a trabalhar na fábrica de armas seis dias por semana, sendo o sétimo dia reservado para a limpeza e o banho.


Os painéis com fotos revelam que os barracões de prisioneiros nesta parte do campo foram construídos em madeira. Na sua maioria, permaneceram apenas as chaminés construídas em tijolos. Atrás desta cerca elétrica, os prisioneiros cavaram uma vala de drenagem, que é mostrada na foto

No interior de um dos barracões, onde vemos a chaminé para aquecimento

Ao fundo, à direita, vemos uma seqüência de barracões de prisioneiros construídos em madeira, que foram restaurados, posto que, na sua maior parte, foram queimados pelos nazistas antes do final da 2ª Guerra

Os prisioneiros trabalhavam com pouca alimentação e sem condições higiênicas, o que levava à alta mortalidade destes. Alguns eram levados às celas ‘especiais’, onde eram mantidos em condições desumanas, até que um dia uma nova experiência trouxe a ideia de extermínio em massa: um gás letal que matou 600 prisioneiros de uma só vez num porão. Seguiu-se, então, a construção de uma câmara de gás e de um crematório, adaptados num bunker. Depois, outros crematórios foram preparados para serem usados como câmaras de gás, cujas vítimas após eram transferidas para os fornos.


As ruínas do Crematório IV que foram explodidas na revolta de Birkenau em 07/10/1944 – Foto: Wikipédia - Diether

Em 27/01/1945, ocorreu a libertação dos campos pelos soviéticos e o governo de Polônia transformou Auschwitz num museu em 1947, aberto à visitação pública. Em 2002, a Unesco declarou Anschwitz como Patrimônio da Humanidade. No antigo campo, podemos encontrar as ruínas dos fornos crematórios, câmaras de gás e prédios preservados. A primeira câmara de gás, que foi usada como abrigo antiaéreo pelos nazistas, teve a sua restauração efetuada após a guerra. Dentre as exposições, para quem vai a Auschwitz I, estão uma infinidade de sapatos e objetos dos prisioneiros e uma vitrine com cabelos cortados antes de irem para as câmaras de gás ou a trabalhos forçados. Sem dúvida, Auschwitz deixou recordações de viagem impactantes, para serem lembradas para sempre. 


A livraria ou bookshop do complexo de Auschwitz II-Birkenau

Área de alimentação e livraria do campo de concentração Auschwitz-Birkenau


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